Megaempresas doam milhões contra o racismo nos Estados Unidos

Foto ilustrativa

É uma mudança cultural digna de registro e aplauso: empresas que se mobilizaram em doações para o combate à pandemia agora se engajam na luta antirracismo: Walmart, Nike, Amazon, Warner Music e Google estão entre as primeiras grandes empresas que doarão milhões de dólares a iniciativas que visem mitigar os efeitos do genocídio da população negra. Pena que isso é nos Estados Unidos apenas, no resto do planeta elas continuarão a explorar a mão de obra pobre e precarizada com salários escorchantes, condições de trabalho abaixo da crítica e utilização de crianças em suas atividades.

Na sexta. 5, o presidente do Walmart, Doug McMillon, anunciou doação de US$ 100 milhões para um centro que tratará da questão com ações em áreas como educação e saúde. O mesmo que a Warner Music aplicará em um fundo para enfrentar o preconceito racial a partir de iniciativas ligadas à indústria da música. A Nike prometeu US$ 40 milhões ao longo de quatro anos. Companhias de tecnologia, como Amazon e Google, também se engajaram. Bonito mesmo seria que suas subsidiárias no Brasil, onde o racismo é historicamente genocida, seguissem o exemplo das matrizes e ajudassem a construir o país não só livre do racismo mas também da desigualdade social que é o tapete sob seus pés.