Ministério Público Eleitoral quer Crivella inelegível até 2026

"Fala com a Márcia" pode significar a inelegibilidade de Crivella - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Apresentadas as alegações finais no caso conhecido como “Fala com a Márcia”, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) pediu que Marcelo Crivella fique inelegível até 2026. Anteriormente a Câmara do Rio já havia rejeitado dois pedidos de abertura de impeachment com base processual parecida. De acordo com o PRE, o encontro tinha o intuito claro de beneficiar o grupo político de Crivella. No encontro, ele prometeu exames e cirurgias, bastando “falar com a Márcia” para serem agendados. Estavam presentes o então candidato a deputado federal Rubens Teixeira e líderes religiosos.

A Procuradoria Regional Eleitoral apresentou alegações finais em dois processos contra Crivella e candidatos a deputado federal ou estadual, defendendo a inelegibilidade dos políticos por oito anos em razão de supostos abusos de poder – político e religioso – e ‘condutas vedadas’ – uso de bens e recursos municipais com fins eleitorais. As ações em questão foram apresentadas em 2018 e têm relação com dois eventos – uma reunião chamada ‘Café da comunhão’, em 4 de julho no Palácio da Cidade, e um encontro com equipes da Comlurb na escola de samba Estácio de Sá em 13 de setembro.

Os processos chegaram à fase final de tramitação no Tribunal Regional Eleitoral e aguardam julgamento conjunto ser pautado. Eles foram movidos pela PRE e pela coligação PSOL/PCB e tem como réus, além do prefeito do Rio, o suplente de deputado federal Rubens Teixeira (nos dois processos), Marcelo Hodge Crivella, Raphael Leandro e Alessandro Costa (na ação da coligação).

Crivella afirmou que está tranquilo, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) já concluiu pela inexistência de qualquer irregularidade nas duas ações citadas pelo Ministério Público Eleitoral, que pediu sua inelegibilidade.