O novo Ministro da Justiça é André Mendonça, até então Advogado Geral da União, cargo que ocupava desde o começo do governo. Ele foi advogado concursado da Petrobras por quatro anos e é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, conservador e bolsonarista convicto. Chegou ao governo por indicação do ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, com o apoio da bancada evangélica.
Sua transferência para a Justiça teve o apoio da cúpula militar e a articulação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A expectativa é a de que melhore a relação do presidente com o judiciário. André Mendonça é forte candidato à vaga do ministro Celso de Mello quando se aposentar, em setembro, no Supremo, onde Bolsonaro pretende colocar um ministro “terrivelmente evangélico”.
Jorge Oliveira, cotado para o ministério, continua na Secretaria Geral da Presidência e Alexandre Ramagem Rodrigues assumirá a direção geral da Polícia Federal no lugar de Maurício Valeixo, pivô da ruidosa demissão de Sérgio Moro do ministério. O comportamento de Ramagem no comando da PF e a postura de Mendonça diante dele serão os próximos passos para esclarecer se houve ou não tentativa de interferência de Bolsonaro nas investigações dos crimes de que são acusados seus filhos.