A praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, é uma entre tantas praias carioca cobiçadas pela turma do surfe. Por ter onda de pico grande e também pela possibilidade de dá aquela manobra radical em alto-mar no turbo.
Honrada em receber diversos projetos sociais ao longo dos anos e entre eles, o (CBMERJ) Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, projeto conhecido como Botinho. Ajudou na diversão de crianças e adolescentes, oferecendo educação, conscientização a cerca da natureza e prevenção ao risco de afogamento.
Retornando as origens de onde tudo começou, agora em grande peso. O São Conrado Classic Bodyboard 2022, que aconteceu entre os dias 14 e 17 de abril, trouxe além dos atletas profissionais do país, abriu dessa vez um espaço para atletas da Rocinha, favela próximo da praia de São Conrado, onde é a sede do evento.
Contando com um total de 160 atletas inscritos e mais de 100 atletas de todo país, segundo o site Waves, voltado para o universo do surfe. Tendo transmissão ao vivo no canal oficial da CBRASB, Confederação Brasileira de Bodyboarding no YouTube.
O São Conrado Classic Bodyboard 2022, teve uma premiação de R$35.000,00, em dinheiro, para as categorias profissionais além de pranchas, nadadeiras, troféus e kits para todos os finalistas nas categorias amadoras. Os atletas que se inscreveram na competição tiveram que desembolsar, um valor de R$380,00 a R$260,00 reais.
O último dia da competição teve que ser transferido para praia de Copacabana, priorizando a segurança dos atletas, devido condições extremas do mar de São Conrado, estrutura básica entre os postos 4 e 5, foram montadas. E não houve transmissão da competição.
A premiação das categorias amadoras foi entregue no Hotel Nacional e as demais na praia de São Conrado.
O São Conrado Classic Bodyboard 2022, é uma realização do INVERT SPORTS MKT E BODYBOARD LEGENDS e conta com o Patrocínio do Hotel Nacional e Wam Hotéis, além do apoio da prefeitura do Rio de Janeiro.
Ato solidário de amor, evita morte por afogamento
Na sexta-feira (15) aconteceu o segundo dia da competição do clássico bodyabord e a quarta bateria do round dois na categoria profissional masculino se apresentava no mar. E o atleta Felipe Araujo do Espírito Santo, inscrito na competição, assumindo a liderança da bateria, é arrastado para as pedras.
O helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, chega tempos depois, enquanto isso salva-vidas pulam em alto-mar.
Na transmissão ao vivo no canal cbrasb do Circuito Brasileiro de BodyBoard pelo Youtube, narradores repetem diversas vezes que foi acionado o resgate do atleta, havia jet-ski no evento e não foi utilizado.
Quem estava acompanhando pelo ao vivo, notou uma paralisação e o vídeo foi colocado como não listado na plataforma.
Um dos salva-vidas fica em apuros e o morador da Rocinha, Renan Souza desce pelas pedras na Avenida Niemeyer, para ajudar. O ato “heroico” rendeu milhares de admiradores no Instagram, o seu perfil contabiliza 54,4 mil seguidores.
O ato foi notícia em jornais em diversos veículos de comunicação (rádio,TV, internet…). Renan ganhou uma moção honrosa da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.
Salvemos São Conrado: O grito da favela na praia
Marcellos Farias, é morador da Rocinha e fundador do projeto social, Salvemos São Conrado. Onde expõe diversos registros do crime ambiental, o esgoto que desemboca no mar.
E o poder público não faz absolutamente nada para reverter essa situação. Durante anos, Marcellos e alguns amigos surfistas e simpatizantes do movimento, lutam na causa.
O que chama atenção é a questão de saneamento básico da Rocinha e São Conrado. Porque todo esgoto da favela, deságua na praia. Onde é a realização do importante evento e os atletas que moram na favela utilizam esse espaço.
História
O primeiro evento aconteceu em 1999, promovido pela revista Style para atletas acima dos 25 ou 26 anos de idade. Principal mídia de publicação impressa do esporte bodyboarding, através do editor-chefe Alexandre Iglesias e atleta da atividade esportiva. Nos anos 80, o esporte de onda dominava, e o Rio de Janeiro era referência nacional e internacional, atraindo atletas de diversos lugares.
Devido uma crise financeira e a extinção de alguns grupos de organizações que promoviam o campeonato, aposentadoria de atletas e mudanças para outras modalidades de esporte, fez o surfe de São Conrado ser esquecido.
Existe milhares de outros que existiram e desapareceram com o tempo, por falta de apoio e o descaso do poder público. A favela recebe apoio do morador e surfista José Ricardo Ramos, onde criou um projeto social de surfe, Rocinha Surfe Escola (RSE) que beneficia não apenas jovens da Rocinha e sim, adjacências.
Em 2021, passou por um momento difícil, pois o governo do estado pretendia despejar o espaço.
Gostou da matéria?
Contribuindo na nossa campanha da Benfeitoria você recebe nosso jornal mensalmente em casa e apoia no desenvolvimento dos projetos da ANF.
Basta clicar no link para saber as instruções: Benfeitoria Agência de Notícias das Favelas
Conheça nossas redes sociais:
Instagram: https://www.instagram.com/agenciadenoticiasdasfavelas/
Facebook: https://www.facebook.com/agenciadenoticiasdasfavelas
Twitter: https://twitter.com/noticiasfavelas