Paraíba: moradores da periferia enfrentam mais dificuldade com o isolamento social

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No último dia 09 a prefeitura municipal de João Pessoa-PB decretou novas medidas para aumentar o isolamento social e combater a transmissão da COVID-19, no entanto, a aproximadamente 55 dias desde o primeiro decreto muitas informações foram produzidas, tanto pela grande mídia como através das fake news, porém, pode-se observar uma significativa falta de efetividade de tais medidas por parte do Bairro São José.

São inúmeros os relatos dos moradores e moradoras alegando as dificuldades de permanecerem em casa seja por conta do emprego, até por muitos trabalham em serviços essenciais como supermercados e na rede hospitalar municipal, ou pela própria falta de entendimento da conjuntura atual em que o Mundo tá inserido o que consequentemente leva a pensar que o “vírus não faz tanto mal”.

Segundo o “Painel Covid-19”, programa criado para mapear os casos por região da cidade, a comunidade registra 2 casos confirmados. Todavia, os próprios moradores afirmam que mais pessoas estão infectadas e não entraram nesse estatística o que torna necessário promover ainda mais as medidas de combate ao popularmente conhecido coronavirus.

Algumas ações merecem menção aqui, pois, estão impactando diretamente na sobrevivência das famílias mais vulneráreis da comunidade que por serem autônomos, perderam sua fonte principal de renda e também contribuem para que o isolamento social seja intensificado.

Recentemente escola municipal em que a maioria das crianças e adolescentes da comunidade estão matriculadas passou a disponibilizar a refeição (almoço), as agentes de saúde fizeram um trabalho campo no que tange a imunização dos idosos contra a influenza e também estão mapeando os casos suspeitos da COVID e repassando as instruções necessárias assim como determina a secretaria de saúde local e por fim, não menos importante, temos a Central Única das Favelas – CUFA através ação Mães da Favela que já doou várias cestas básicas.

De fato, é notório que o isolamento social não tem um efeito real nas áreas periféricas do país e aqui não é diferente. É preciso fazer com que as informações à respeito da pandemia sejam simplificadas tornando-as mais claras e de facial assimilação. Atrelado a isso é preciso, a partir das dinâmicas locais, compreender as urgências postas para que seja possível alcançar públicos específicos dentro das comunidades.