Nesta terça-feira (24), uma Audiência Pública na Câmara Municipal do Rio de Janeiro definiu a regularização fundiária das comunidades do Horto e da Vila da Major, localizadas na Zona Sul do Rio de Janeiro. A Vila da Major e o Horto são duas pequenas comunidades localizadas entra a Gávea e o Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Só a Vila da Major tem 88 anos de existência.
Na Vila da Major, encontram-se 24 casas que foram cedidas a funcionários do antigo IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal), existentes até hoje. No local nunca foram aceitas invasões de outras pessoas ou outras construções de casas. Com a valorização da Zona Sul, essas moradias estão sendo ameaçadas, e os moradores têm recebido ordens de despejo.
No dia 30 de junho, a policia Federal foi até a Vila da Major entregar intimações de reintegração de posse. Segundo relatos, a ação foi feita de forma truculenta e três pessoas receberam as intimações. Em 17 de julho, foi feita uma manifestação pelos moradores da Vila da Major, junto com moradores do Horto, da Vila 1024 e Vila 64, que ficam localizados próximo a localidade.
“Quando falamos do processo de reintegração de posse dos moradores do horto, muitos pensam diretamente na área localizada na Jardim botânico, portanto o horto também engloba as áreas onde estão localizadas a vila da major, a vila 1024 e a vila 64, que sofrem do mesmo problema. O intuito de criar uma página no Instagram foi exatamente para trazer visibilidade para essas áreas que passam pela mesma situação, porém poucas pessoas conhecem, o que acaba nos tornando alvos fáceis para esta covardia que está sendo feita.”, disse Arthur Ferreira, artista plástico que ajuda os moradores no processo.
Audiência
Na audiência da última terça-feira, foi pedido que as áreas da Vila da Major e do Horto tivessem o AEIS (Áreas Especiais de Interesse Social), que são áreas que são delimitadas pelo governo para moradia de pessoas de baixa renda. Também foi sugerido que fosse aberto uma câmara de conciliação uma entre os bairros do Jardim Botânico, Gávea e a prefeitura para debater sobre o caso.
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