Nessa terça (2) de julho, poucos dias após as manifestações em seu favor, o Ministro Sérgio Moro compareceu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para prestar esclarecimentos sobre as conversas divulgadas pelo site Intercept Brasil. As mensagens divulgadas tem evidenciado a parcialidade do juiz e sua articulação com o Ministério Público ao tratar do caso do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato, sugerindo alteração nas ordens das fases da operação e até indicando testemunha. Seu depoimento foi marcado por ironias e ataques aos vazamentos das conversas envolvendo agentes da Lava Jato.
“Se ouve muito da anulação do processo do ex-presidente [Lula], tem que se perguntar então quem defende Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, Renato Duque, todos estes inocentes que teriam sido condenados”, disse o Ministro, sugerindo que os vazamento visam beneficiar o ex-presidente Lula. “Precisamos de defensores destas pessoas. Que elas sejam colocadas imediatamente em liberdade, já que foram condenadas pelos malvados procuradores da Lava Jato, pelos desonestos policiais e pelo juiz parcial”, disse.
Moro manteve sua postura de criticar os vazamentos e questionar sua autenticidade “Não reconheço a autenticidade dessas mensagens, não tenho mais essas mensagens no meu celular, não tenho como ver as mensagens e dizer: ‘elas são minhas’.
No fim, a sessão acabou em tumulto após o deputado Glauber Braga chamar Moro de “juiz ladrão” e dizer que ministro será lembrando nos livros de história como “um juiz que se corrompeu, como um juiz ladrão”.
Entretanto com o apoio de uma parte da população, evidente na manifestação em seu apoio no dia 30 de Junho, Moro continuará sem assumir sua culpa na parcialidade que teve na Operação Lava Jato. O ministro varia entre negar a autenticidade da conversa e dizer que elas não configuraram nenhuma ilegalidade. Em contra partida, a #VazaJato continua, e de acordo com o Intercept Brasil ainda há muitos vazamentos pela frente. O que nos resta é esperar as cenas dos próximos capítulos.