A importância de votar de forma consciente.
A democracia é o regime político em que a soberania está nas mãos do povo, ou seja, o poder é exercido pelos cidadãos, por meio do voto. Nessa forma de governo, todas as decisões políticas são tomadas em comum acordo com aqueles que formam a nação, para isso elegem seus representantes. Esse sistema tem princípios que protegem a liberdade humana e que se baseiam no desejo da maioria, associado aos direitos individuais e das minorias. É nesse contexto que vive o Brasil.
Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como a liberdade de expressão, de religião, a proteção legal e as oportunidades de participação na vida política, econômica e cultural da sociedade. Os cidadãos têm os direitos expressos e os deveres de participar no sistema político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.
Muitas vezes, em rodas de conversa, ouvimos que está tudo perdido no nosso país e que não vale a pena se preocupar nem confiar na política. Mas esquecemos de que nós somos o regime democrático e fazemos parte de todo esse sistema. Pessoas que vem do povo se candidatam e nós é que somos responsáveis em escolher nossos representantes. Tudo que fazemos, assim como nossa vida de uma forma geral, é afetada em diversos graus pela atitude de votar.
É por tudo isso que devemos valorizar e pensar bem no voto. Ele deve ser estudado e consciente. É preciso conhecer o candidato pesquisando seu histórico, seu partido e seu vice. Os políticos defendem os interesses de todos, individualmente, da comunidade e da sociedade. Precisamos saber com quais propostas e programas concordamos e julgamos ser o melhor para o bem comum. Não buscar tais informações representa um aval para que as coisas fiquem longe de como deveriam ser. Depois dessa escolha consciente ainda temos o dever de cobrar para que promessas sejam cumpridas. Esse é nosso papel na democracia.
Júlia Macedo, de 22 anos, é estudante de Fisioterapia e acredita que é visível o que um voto incorreto traz de consequência. “Aqui no Rio de Janeiro mesmo, temos um prefeito eleito que não representa os interesses da maioria. A política é laica (sem relação com religiões), não devemos misturar as coisas”, diz. Júlia defende debates em locais públicos e voto facultativo. “Apesar de sermos todos seres políticos, muitas pessoas simplesmente não desejam se politizar, elas deveriam ter o direito de se abster. Além disso, acho que os debates políticos deveriam sair da televisão e virem para as ruas”. Ela finaliza falando da importância de escolher um representante. “Um voto correto representa o bom funcionamento da sociedade. Falta seriedade aos candidatos, mas também falta comprometimento por parte da população”, argumenta.
Já Elaine Cristina, que tem 31 anos e é técnica em segurança do trabalho, acha que os eleitores devem buscar as informações sobre os candidatos em fontes alternativas. “Muitos se baseiam na televisão e nos jornais para decidir seu voto, esse método não tem deixado bons resultados. O ato de votar nos dá poder de decisão e não estamos sabendo aproveitar isso”, finaliza
Matéria publicada no jornal A Voz da Favela mês de Outubro