A capital da Alemanha, Berlin, decretou feriado neste dia 08 de março. Mesmo com o clima frio e nevando, mulheres de diferentes países se reuniram numa das avenidas mais famosas da cidade para protestarem de forma pacífica contra a violência que sofrem ao redor do mundo.
Um dos discursos enfatizou a união das mulheres “sempre de pé, nunca de joelhos”, na fala de uma das representantes da Organização de Trabalhadoras de Mulheres Assalariadas do Peru.
Para a manifestante chilena Paula Georgi, é importante que haja solidariedade entre as mulheres para que, juntas, lutem contra o patriarcado.
O protesto de Paula Giorgi é contra a força do patriarcado. FOTO: Alene Barros
Cartazes de alerta e protesto
Cartazes em diferentes idiomas relembraram violências contra mulheres, como o da manifestante inglesa Charlotte O. – por receio, ela não quis revelar seu sobrenome.
Charlotte trouxe o cartaz com a frase “text me when you get home”, que significa “me escreve quando você chegar em casa”. Ela se refere ao estupro e assassinato da executiva de marketing Sarah Everard, de 33 anos, em 2021, em Londres, por um policial.
Segundo a manifestante, essa frase representa o machismo na sociedade. Para ela, é naturalizado o fato de que as mulheres, desde pequenas, são ensinadas a internalizar a insegurança e, assim, sempre avisar quando vão chegar, como se fosse algo normal. Para Charlotte, não é.
A jovem sueca Tamara Nunnes trouxe o cartaz sobre consentimento. Segundo ela, as mulheres deveriam ter a liberdade de usarem a roupa que quisessem e não serem violentadas por isso. De acordo com ela, “it’s a dress, not a yes”, ou seja: a forma do vestido que uma mulher usa não quer dizer que ela está disponível.
Reivindicações ainda não atendidas
Outras manifestantes trouxeram temas como igualdade de salários entre os gêneros, educação para todas as mulheres e liberdade para que possam decidir sobre seus corpos.
O Objetivo da manifestação é trazer visibilidade, fortalecer o debate sobre a situação de vulnerabilidade da mulher na sociedade, como mostraram as mulheres chilenas em 2019.
Naquele ano, seus protestos contra estupros e mortes enfatizaram que “el violador eres tu”. A frase fazia referência a uma canção reproduzida em vários países. O estuprador pode ser qualquer um, incluindo o próprio Estado.
O protesto de hoje, no Dia Internacional da Mulher, enfatiza que esse cenário de violência ainda continua e precisa ser modificado.
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