A partir de 26 de agosto, o Museu de Arte do Rio – MAR apresenta ao público uma abordagem transversal da relação entre arte e educação por meio das 180 peças de artistas como Adriana Varejão, Paulo Bruscky, Nelson Leirner e Ivens Machado, entre outros, em uma abordagem transversal da relação entre arte e educação. Pinturas, fotografias, instalações, vídeos, objetos e documentos que compõem a exposição “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.” Arte e Sociedade no Brasil 2. Com curadoria de Paulo Herkenhoff e Janaina Melo, a mostra é dividida em quatro núcleos significativos que, apesar de tratarem de temas distintos, dialogam entre si por meio das obras expostas.

A primeira parte, Linguagem, vai explorar a caligrafia como a arte de dar forma aos sinais de maneira expressiva, harmoniosa e habilidosa. A palavra e a língua serão abordadas por meio do trabalho de Daniel Santiago e Paulo Bruscky. Já o núcleo Dispositivos tratará dos instrumentos usados para fins educativos e também dos mais diversos tipos de escolas, reunindo uma série de artistas que se apropriam de elementos do universo escolar para o desenvolvimento de suas obras. Fotografias de Augusto Malta retratam o ambiente grave e comedido da década de 1930, enquanto o trabalho de Anna Bella Geiger traz a educação em tribos indígenas. Itens como borrachas, livros, folhas pautadas e o quadro negro serão representados em esculturas, fotografias, objetos e instalações de Nelson Leirner, José Damasceno, Ivens Machado, Felipe Barbosa e Priscilla Monge, entre outros.

O.M.A., 2003-2011. Instalação. Paulo Meira.

Em Teorias, a discussão será sobre a obra dos autores (Anísio Teixeira, Paulo Freire e Darcy Ribeiro) que pensam a educação e as iniciativas baseadas nesses estudos. É o caso de Jonathas de Andrade, que analisa a relação entre palavra e imagem – método de alfabetização desenvolvido por Freire – em “Educação para adultos”A instalação “Animating education”, desenvolvida pelo coletivo inglês Aberrant Architecture para a Bienal de Arquitetura de 2012, retrata os CIEPs como o grande projeto arquitetônico para a proposta de um ensino integral e integrado.

Fazem ainda parte do núcleo cartilhas, CDs de música e programas pedagógicos utilizados nos acampamentos do MST como o programa Sem Terrinha – Alunos dos assentamentos. O público também poderá conhecer os projetos de pesquisa e ação cultural da Fundação Casa Grande, em Nova Olinda, no Ceará, e o mapeamento da produção cultural na cidade do Rio de Janeiro, desenvolvido pelos participantes do Projeto Universidade das Quebradas – programa de extensão da UFRJ.

A última parte, Processos, colocará em pauta a educação não formal, mostrando um novo tipo de relação com o ambiente escolar e com a própria ideia de ensino. O artista Jarbas Lopes fará durante a exposição uma imersão no Ginásio Experimental de Arte Visual (GEA) para propor aos alunos e professores uma série de atividades relacionadas à arte e à educação. O resultado dessa experimentação será, ao longo do período, acrescentado à mostra. Já Marilá Dardot vai convidar o público a criar mapas em uma instalação, produzindo livros que se tornam parte da exposição.

               “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas”, referência a uma frase do escritor e educador Rubem Alves, faz parte do projeto Arte e Sociedade no Brasil, que teve início com a exposição O abrigo e o terreno e é dedicado a pensar a atuação da arte brasileira no campo da alteridade e das relações sociais. O projeto prevê a realização de uma exposição anual pelos próximos dois anos com a proposta de pensar, entre tantos outros aspectos, as diferenças, a convivência, a troca, a escuta, a solidariedade, a educação, os processos de emancipação, a participação cívica e a produção de consciência.

Horário de visitação

Terça-feira a domingo, das 10h às 17h.

De 26 de agosto de 2014 até 11 de janeiro de 2015

Aberto aos sábados, domingos e feriados.

Fechado às segundas-feiras.

Ingressos
R$ 8 | R$ 4 (meia-entrada).
Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).

Meia entrada:
Pessoas com até 21 anos;
Estudantes de escolas particulares (Ensino Fundamental e Médio);
Estudantes universitários;
Pessoas com deficiência;
Servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro.

Gratuidade:
Às terças-feiras, o MAR é gratuito para todos.

Nos demais dias, gratuidade para:
Alunos da rede pública de Ensino Fundamental e Médio;
Crianças com até 5 anos de idade;
Pessoas com idade a partir de 60 anos;
Professores da rede pública de ensino;
Funcionários de museus;
Grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa;
Vizinhos do MAR;
Guias de turismo.

Em todos os casos, é necessário apresentar documentação comprovativa.

Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro

Telefone: 21 3031-2741

Mais informações: www.museudeartedorio.org.br