Essa política acentua os impactos do racismo, uma vez que pessoas negras são ¾ das vítimas de homicídios, e negligencia a importância do controle de armas e munições para a redução da violência contra a mulher e de outras formas de vitimização”.
Por esses motivos, as organizações pedem que o Judiciário e o Congresso brasileiros reajam para impedir os efeitos danosos dessa política, uma vez que há ações aguardando julgamento no Supremo Tribunal Federal (com destaque para as ADIs 6675 e 6119 que tiveram movimentações recentes) e Projetos de Decreto Legislativo com poder de revogar os decretos presidenciais que fragilizaram o controle de armas tramitando nas duas casas legislativas.
As entidades pedem ainda que o Conselho de Direitos Humanos da ONU monitore com atenção as violações de direitos que ocorrem no Brasil e que o Governo Federal implemente políticas públicas de segurança que respeitem a vida, enfrentem o racismo e assegurem os direitos fundamentais de sua população.
Recentemente, a Rede Justiça Criminal, formada por 8 organizações não governamentais brasileiras, publicou uma nota de repúdio acerca dos decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro. O arquivo chama a atenção para a preocupação em relação ao risco para a sociedade, e os impactos sociais resultantes dessas mudanças. Definem essas ações como “Política de Morte” e contam com a assinatura de 86 organizações.