Na madrugada desta segunda-feira (6), mais de 200 famílias ocuparam o prédio do Antigo Centro Educacional Magalhães Neto, na Avenida Sete, em Salvador. Atualmente o imóvel pertence à Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.). Nasce a Ocupação Carlos Marighella.
A ocupação foi organizada pelas famílias do MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), que seguem lutando pela moradia digna, mesmo tendo um histórico de repressão.
O imóvel estava abandonado há mais de seis anos. Durante esse período de pandemia, a população em situação de vulnerabilidade social não tem acesso à moradia digna, nem ao isolamento social.
Histórico da ocupação
Em 2019, as famílias do MLB ocuparam o Hospital Couto Maia, localizado no Mont Serrat e abandonado há dois anos, sem cumprir nenhuma função social. Com equipamentos e infraestrutura que custaram milhões aos cofres públicos sendo inutilizados.
As 100 famílias ocuparam o prédio administrativo do Couto Maia e exigiram o direito à moradia digna e denunciaram o desmonte do programa Minha Casa, Minha Vida pelo governo Bolsonaro e o abandono do hospital, exigindo a sua reativação.
Após 21 dias de ocupação, sem água e luz, as famílias foram despejadas violentamente pela polícia militar em uma operação de guerra em que mulheres e crianças foram agredidas e tiveram spray de pimenta jogado em seus olhos.
Um mês após esse ocorrido, ainda sem terem o direito à moradia digna atendido, 200 famílias ocuparam o galpão abandonado há mais de 20 anos da Companhia de Navegação Baiana, localizado na Ribeira, em Salvador.
A ocupação resistiu por 17 horas e enfrentou forte repressão pela polícia militar, que despejou as famílias que ali estavam.
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