Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, como em todo o país, muitas pessoas perderam os seus empregos e fizeram filas nos postos do INSS para pegar o seguro desemprego, e outras formam filas nos bancos para conseguir o auxílio emergencial, em ambos os casos, formando aglomerações e aumentando a transmissão do vírus.
A necessidade de trabalhar para obter fontes de renda ou obter recursos como alimentos e materiais de higiene, por questões de instinto de sobrevivência. Outros problemas são de ordem emocional como transtornos de depressão, ansiedade e crises de pânico. As pessoas têm quebrado o isolamento social na cidade, onde o Conselho Municipal de Saúde tem recomendado a medida de lockdown.
Portanto, devido a estas circunstâncias, que têm impacto na saúde mental e em aspectos sociais e econômicos, Natal tem promovido atos de solidariedade para quem está em vulnerabilidade social, através de instituições públicas e privadas, religiosas, filantrópicas e também grupos de iniciativas voluntárias.
Para ajudar os motoristas, barreiras sanitárias foram montadas com servidores públicos do município e do estado do RN, nas rodovias de Natal. Nesta ação, estão sendo distribuídos máscaras e álcool em gel. Além disso, estão sendo feitas orientações para as medidas de proteção e combate ao coronavírus. De modo paralelo, passageiros dos transportes ferroviários de Natal têm recebido máscaras para se protegerem do coronavírus em suas viagens de trem.
Para os alunos da rede municipal de educação, a Prefeitura de Natal tem feito a distribuição de cestas básicas. O objetivo é ajudar na alimentação dos alunos e seus familiares, pois são famílias de baixa renda. Que neste tempo de pandemia, ficaram desempregadas ou tiveram as suas rendas reduzidas. Em casos mais extremos, a alimentação destas famílias é tão escassa, que o único alimento no café da manhã ou almoço dos alunos é a merenda escolar https://www.natal.rn.gov.br/noticia/ntc-32887.html.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tem realizado diversas ações e atividades solidárias. Entre estas, ações de extensão, por meio das empresas juniores, a universidade tem oferecido cursos, capacitações, orientações e diagnósticos online. Ela também tem prestado assistência estudantil aos seus alunos. Por meio de auxílios para alimentação, moradia, creche, atletas, bolsas de apoio técnico, bolsas de pesquisa e acolhimento psicológico.
Além domais, a UFRN também tem promovido ações abertas ao público. Como: testagens para o Covid-19; vacinação contra a gripe, para desafogar as unidades de saúde; atendimento psicológico; campanhas, atendimento e materiais educativos sobre a Covid-19; ações de solidariedade com distribuição de cestas básicas e materiais de higiene, para a população em vulnerabilidade social.
Para os setores de saúde, a UFRN tem produzido álcool em gel, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), instalações e leitos dos hospitais universitários https://ufrn.br/imprensa/reportagens-e-saberes/36025/60-dias-atividades-e-atuacao-da-ufrn-no-combate-a-covid-19.
Também existem ações solidárias promovidas de forma voluntária por pessoas ou instituições filantrópicas/privadas. Neste caso, a Paróquia Anglicana da Virgem Maria, pertencente a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, tem pedido doações para comprar cestas básicas e distribuir aos membros em vulnerabilidade social.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia, tem ajudado os moradores de rua no bairro da Cidade Alta com materiais de higienes e cestas básicas. As agremiações de quadrilhas juninas da cidade de Natal, tem incentivado as suas costureiras a produzirem máscaras. No final, o dinheiro arrecadado nas vendas é dividido para as costureiras.
Além disso, psicólogos e demais profissionais da saúde mental, tem se disponibilizada para fazer terapias solidárias. Todavia, estas terapias estão sendo oferecidas à distância, de forma individual ou em grupo. Também, estão sendo disponibilizadas escutas por meio de linhas telefônicas sem custo.
Como pode ser visto, este momento de pandemia tem despertado o sentimento de solidariedade entre os potiguares, moradores da cidade do Natal.
O que tem ajudado a perceber que há esperança de dias melhores com uma sociedade formada por seres humanos mais íntegros. Promovendo, assim, uma sociedade mais justa e igualitária, humanamente diferentes e totalmente livres.