Créditos: Divulgação

O ex-deputado já dorme em Bangu 8

Três granadas e cerca de 50 disparos depois, o ex-deputado Roberto Jefferson foi enfim levado de casa pela Polícia Federal e já dorme em Bangu 8, acusado de quatro tentativas de homicídio.

Provavelmente não votará no próximo domingo, mas esse será o menor prejuízo do candidato Jair Bolsonaro, porque Jefferson conseguiu ocupar a cena política, ofuscando até a marca de 54% dos votos válidos de Lula contra 46% dele na última pesquisa do Idec.

Aliás e a propósito, ambos tiveram de falar sobre o tresloucado gesto do ex-deputado: Lula se referiu a ele como aliado e colaborador do Presidente da República, que em entrevista à noite ao site Metrópoles reconheceu ter muitas fotos com Jefferson e insistiu que ele jamais foi “colaborador” do governo ou da sua campanha.

Apesar dos tiros e granadas

Este é o problema maior criado por Roberto Jefferson, que foi tratado com civilidade pela polícia, apesar das granadas e dos tiros de fuzil com que foi recebida no domingo na prisão domiciliar em Comendador Levi Gasparian, bucólica e pacífica cidadezinha do interior fluminense. Como é do seu estilo, Bolsonaro pensou em proteger o aliado com alguma espécie de indulto, mas logo despachou o ministro da Justiça para acompanhar a operação da PF e lavou as mãos quanto ao futuro dele.

O plano de Jefferson falhou

De outro lado, especula-se que o plano de Jefferson seria muito mais rocambolesco, daí ter ofendido a ministra Carmem Lúcia com termos indignos que fatalmente suspenderiam seu direito a prisão domiciliar, o que o ministro Alexandre de Moraes confirmou de imediato. O roteiro seria o que se seguiu: a Federal foi recebida a bala, reagiria e Roberto Jefferson sairia da casa morto, como o grande mártir da luta pela suspeitíssima “liberdade de expressão” neste final de gestão Bolsonaro.

O plano falhou quando a PF decidiu não reagir às granadas e balas e o ministro da Justiça entrou em cena.
O único que se deu bem foi o candidato Luís Inácio Lula da Silva que, sem mover um dedo, viu Bolsonaro oscilar para baixo na pesquisa Idec, na última semana da corrida eleitoral.

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