Sem confirmação oficial até a hora do almoço desta sexta-feira, os primeiros nomes para alguns ministérios do próximo governo surgiram logo pela manhã nas redes sociais e em colunas políticas. Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, desmembrado do Ministério da Economia de Paulo Guedes, bem como o do Planejamento e o de Indústria, Comércio Serviços, ainda sem nomes definidos. Haddad esteve com Guedes há uns dias e a conversa foi considerada “excelente” pelo petista.
No Ministério da Defesa deve ficar José Múcio Monteiro, 74 anos, político pernambucano que ocupou cargos importantes nos governos anteriores de Lula, além de ter presidido o Tribunal de Contas da União. Sua nomeação é vista por alguns como concessão ao poder militar. O general Júlio César de Arruda deve comandar o Exército, o almirante Marcos Sampaio Olsen a Marinha e o brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno a Aeronáutica. O parâmetro seguido é o de antiguidade.
Especula-se também que o ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, vai para a Justiça. Socialista, ex-magistrado, ferrenho opositor do governo que se despede, é apontado como escolha óbvia e já apresentada há tempos. O embaixador Mauro Vieira vai para o Itamaraty, onde a influência do ex-chanceler Celso Amorim é marcante, mas a nova experiência do octogenário Amorim será na Secretaria de Assuntos Estratégicos da presidência.
O ex-governador baiano Ruy Costa irá para a Casa Civil, Márcio França para a Ciência e Tecnologia. Socialista, governou São Paulo em 2018 e 2019 e não chegou a disputar o segundo turno este ano. Finalmente, no Ministério da Cidadania é dada como certa a nomeação da senadora emedebista Simone Tebet, do agro sustentável.
São todos bons nomes para começo de conversa e de trabalhos a partir do ano que vem, ainda mais considerando-se a expectativa positiva depois de quatro anos de política de terra arrasada dos militares capitaneados pelo capitão chorão.