De acordo com o relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), em parceria com o grupo Acontece Artes e Política LGBTI+, de Florianópolis, em 2020, 237 pessoas LGBT+ foram vítimas de morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia.
Dos casos, foram contabilizadas 224 homicídios e 13 suicídios. Houve uma redução das mortes violentas de 28%, segundo os dados do GGB.
É a primeira vez desde que a pesquisa foi iniciada, em 1980, que o percentual de travestis foi maior que dos gays em número de mortes: 161 travestis e trans (70%), 51 gays (22%) 10 lésbicas (5%), 3 homens trans (1%), 3 bissexuais (1%) e finalmente 2 heterossexuais confundidos com gays (0,4%).
Em 2017, houve 445 mortes violentas de pessoas LGBT+, o recorde da série histórica. Já em 2019, foram 329 mortes registradas.
Vítimas no nordeste
Nordeste ocupa o primeiro lugar em número de mortes com 113 casos, seguido do Sudeste com 66, Norte e Sul com 20 mortes cada e o Centro-Oeste, 18 mortes.
O número de mortes por um milhão de habitantes, tem a média nacional de 1,28 mortes. O maior índice de violência foi registrado também no Nordeste, 2,12; Centro Oeste, 1,28; Norte, 1,26; Sudeste, 0,82 e Sul, 0,78.
Fortaleza é a capital considerada mais homotransfóbica em 2020. Teve 20 LGBT+mortos, o dobro de São Paulo, que é cinco vezes mais populosa.
O GGB destaca os números também de Natal, com mesma quantidade de mortes que Salvador (5), uma cidade com dois milhões a mais de habitantes.
Alagoas desponta como o estado mais violento do Nordeste e do Brasil, acumulando 4,8 mortes para cada um milhão de habitantes, seguido por Roraima no Norte, com 4,4; no Centro Oeste, Mato Grosso, com 1,97; Minas Gerais no Sudeste, com 0,96 e no Sul, o líder dos assassinatos foi Santa Catarina com 0,8 mortes.
O risco de uma pessoas LGBT+ ser assassinada em Alagoas é 6 vezes maior do que em Santa Catarina.
O relatório completo pode ser acessado através do Observatório de Mortes Violentas de LGBTI+ no Brasil – 2020
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