Se ninguém quer o porque
Então eu vim questionar
propagar desordem.
Tô jogando merda no ventilador
Cuidado com as crianças na sala
Porque eles tem medo do revolucionário
Que pensa e que sabe o que fala
Favela com livro aberto é a cuca que vem pra pegar.
Computadores onipotentes
conectados a servidores potentes
É a cultura da destruição criativa
acelerada pela velocidade dos circuitos optoeletrônicos
que processam seus sinais,
eles querem armas e eu quero paz,
eles querem sangue e eu já não aguento mais.
Meu amor me pediu, fala de amor,
Mas estou entalado com dor
e tenho pouco tempo para me expor,
Meias palavras já não bastam por falta de bom entendedor.
Meias verdades não descem pra quem é receptor.
Recebeu a mensagem, mas nem estava online
Enquanto gritaram matança, tu tá a jogando Free fire
Enquanto gritarem matança, eu grito no Mic
Quem foi o filha da puta que pagou pela morte de Marielle ?
Não sei abaixar a cabeça e falar sim senhor
O poste caiu, a luz apagou o otário não viu
Enquanto o fascismo o povo engrupiu
Merda seguida de merda meu vaso entupiu.
Melissa com terno e gravata
Favela tá paz e fardado que mata
Quanto mais se mata mais enriquece a fábrica
chocolate trocado por sangue esse é prêmio da gangue.
Colecionadores de almas,
Comemorando liberação das armas
Nosso País sendo doado
E um retardado sendo exaltado.
Tô exausto, não vejo o futuro a quem pertencer
Depois que o Android foi lançado
Tô perto de muita gente mas não tem ninguém do meu lado
E foi por lá que o nosso país foi tomado.
Victor Tavares, Câmbio desligo!