O texto abaixo foi enviado por Wellington Oliveira, presidente nacional da JOCUM – Jovens Com Uma Missão, que se encontra em Santa Catarina com dezenas de voluntários da missão. São notícias diretamente de quem está envolvido com a ajuda aos desabrigados, dispensando solidariedade e atenção aos necessitados.


Estou a quatro dias correndo as áreas afetadas pelas enchentes em Santa Catarina. Resolvi dar umas férias solidárias para meus filhos e minha esposa. Pegamos uma barraca e alguns trecos mais e entramos na lida. Acampando aqui e acolá, conversando com pessoas que sofreram os riscos de perto, que perderam familiares e etc. As histórias que ouvimos são ”incríveis”.

 

Estivemos em Blumenau com Valderrama e sua família, passamos por Gaspar, Ihota e fomos até o morro do baú, o local de maior destruição. O que vimos por lá é estarrecedor. Foi muita destruição horrível! Nos faz entender o que quer dizer: Abalar os fundamentos dos montes. Por todos os lados se vê desgraça. Pessoas tentam recompor seus sentidos e suas vidas. Alguns, enquanto removem o aterro de cima de suas casas, olham de maneira distante para o horizonte movendo aquelas pás e enxadas como se eles próprios não estivessem ali.

 

Nos abrigos, a desesperança é a mesma. Todos se perguntam…Porque? E agora? O que será da minha vida?

 

A base de JOCUM de Uberaba – Curitiba, respondeu aos anseios de parte de Blumenau com bastante empenho e oportunismo. Conversei com um presidente da associação de moradores em um dos abrigos que elogiou muito o trabalho da JOCUM na pessoa dos jovens que lá estiveram. Outras bases também responderam com doações, ofertas e equipes. Obrigado a todos que se dispuseram a ser resposta nesta catástrofe.

 

Em todo tempo se ama o amigo, e na angústia se faz o irmão.

 

A reconstrução em algumas áreas em Blumenau e região levará bastante tempo. Equipes ainda poderão achar muito o que fazer por lá, mesmo no ano que vem. Aqueles de vocês que dispuserem de tempo e de equipes serão muito bem-vindos! Já no morro do baú a situação é mais complicada. O acesso é restrito e ainda tem muitas áreas interditadas devido ao grande risco de deslizamento de terra. Em Itajaí e Navegantes os moradores, a despeito das perdas que tiveram, já estão voltando à normalidade.

A defesa civil já está dispensando ajuda de muitos voluntários naquelas cidades.

 

Quem estiver nas imediações de Blumenau, Gaspar e Ilhota durante o natal poderão ser de grande conforto e consolo nos abrigos da região e para as famílias de áreas afetadas. Tem bastante crianças, adultos e alguns militares por lá.

 

Um grande abraço a todos vocês!

Wellington de Oliveira