“Podcast”. É muito provável que você já tenha escutado alguém falar essa palavra. Está se tornando cada vez mais comum no vocabulário daqueles que são ouvintes desses variados programas, que podem ser acessados on line ou até mesmo baixado em celulares e computadores.
Trata-se de uma forma de comunicação através de áudios disponíveis na internet em plataformas de streaming. Podcasts têm sido cada vez mais ouvidos, principalmente no atual momento do mundo, que ainda sofre com a pandemia e enfrenta muitos desafios.
Há mais de uma década é uma mídia crescente, mas só nos últimos três anos foi notada como uma forma de comunicação estratégica, inclusive por grandes empresas. E nesse último ano, durante o isolamento social, houve um aumento significativo de podcasts em relação ao número de usuários.
Esse barulho todo que a mídia está causando chegou às favelas e periferias. A ferramenta é uma arma potente também usada nas causas sociais.
“Nós temos em todos os projetos a premissa de incentivar o pertencimento e a representatividade. Acredito ser uma saída mais segura para manter a criação de conteúdo e o distanciamento social. Também é muito bom saber que o podcast tem sido usado em aulas e defesas acadêmicas. Isso é gratificante e compensa todo o esforço para colher materiais”, afirma Felipe Pinheiro, do “DaRua Cast”, projeto do “Filhos da Rua”, que impacta vidas periféricas, principalmente na zona oeste carioca.
Outro exemplo forte da juventude de favela ocupando esse espaço é o “Pimenta Pra Jovem é Refresco”, um podcast do “Engajamundo” que tem como objetivo ampliar as vozes das juventudes brasileiras com seu próprio vocabulário e visões de mundo.
Segundo dados do IBOPE, 50 milhões de brasileiros já ouviram podcasts, cerca de 40% da população de internet do Brasil. Os produtores de podcasts nas favelas e periferias querem tornar esse número ainda maior ampliando as vozes e potencializando o território.
Para Bruno Berilli, do “Pimenta pra Jovem é Refresco”, por muitos anos os jovens olharam mais para as pautas e menos para como comunicá-las. “Quando havia um episódio de podcast sobre juventude, era quase que completamente produzido por pessoas muito mais velhas. Porém, a partir de 2019, esse espaço iniciou uma caminhada e percebeu-se uma guinada nessa tendência. Hoje, a participação em eventos, cursos e webinários sobre a produção de podcasts já começou a ser significativa”, finaliza o produtor.
matéria escrita originalmente no jornal A Voz da Favela edição de Julho
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