Essa semana o atual presidente da República do Brasil, conjuntamente com o ministro da educação decidiram cortar verbas de três universidades federais brasileiras: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), pois segundo as duas figuras, as respectivas instituições são lugares de balbúrdias – que dentre os significados, encontra-se a desordem.
Vejamos bem, como assim um presidente e um ministro fazem esse tipo de ação dentro de um país democrático? Isto é, num lugar onde se deve ter liberdade de expressão. Medidas como essa mostra o viés ideológico de direita desse presidente que dizia ser contrário a ideologias, porém, esqueceu de dizer que é contra ideologia de esquerda e que de direita pode.
É inadmissível governar um país com mais de 200 milhões de habitantes com medidas arbitrárias, regressivas e que não interessam à população brasileira. As referidas universidades são referência no país em ensino, pesquisa e extensão, o tripé para se ter uma formação universitária de qualidade.
Penso que isso já é o processo de desmonte da universidade pública, laica e de qualidade, afinal, o ex-governador do Rio de Janeiro, ensinou a como acabar com uma universidade sem formalmente fechá-la, basta a gente lembrar da sangria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que durante meses ficou sem receber recursos, porquê supostamente o estado do Rio estava falido. Mas a comunidade acadêmica se levantou e lutou bravamente contra esses cortes e agora chegou a vez de lutarmos pela UFF, UnB e UFBA, pois não podem ser um laboratório para a alcançar as demais.