O dia em que deixamos o isolamento e fomos lutar por mais vacinas no braço e comida no prato

Ato em Curitiba _ foto: Raissa Melo

04 de Junho de 2021, quase 500 mil mortos pela Pandemia do novo Corona Vírus SARS-CoV-2. O desemprego em alta, pra não falar do dólar, a miséria assolando o país e devolvendo milhões de brasileiros à extrema pobreza e a fome.
O que mais?

O mundo não é mais o mesmo da última pandemia, a corrida das vacinas nos mostrou que já temos essa capacidade de em pouco tempo darmos uma resposta positiva para combater qualquer vírus que possa vir a se tornar outra Pandemia no futuro. Sim, mal passou a segunda onda com alertas pelos cientistas de uma possível terceira onda, e os líderes mundiais já estão pensando na próxima Pandemia, como dão conta as notícias do dia 30 de março do corrente ano: “O objetivo (do Tratado Internacional proposto pela União Europeia e endossado pela OMS junto a outros 25 líderes mundiais) é criar mecanismos para auxiliar os países em futuras emergências de saúde. Uma nova pandemia como a de covid-19 é vista como inevitável. O Brasil não faz parte da iniciativa até o momento.”

Em se tratando de vidas humanas, não podemos jamais nos demorar, e precisamos nos preparar para o futuro vivendo as experiências do presente, tendo em vista como agir através do aprendizado do passado. Nesse mundo de agora não há mais espaços para o egoísmo e o negacionismo científico e existencial.

Voltando ao ato, todos estavam diante do maior símbolo da resistência negra na cidade do Rio de Janeiro, a estátua de Zumbi dos Palmares. Notícias chegando das mais diversas partes do Brasil sobre as concentrações tomando forma para início dos protestos do dia mais que simbólico, que representou uma resposta ao presidente da república que uma semana antes havia participado de uma motociata, causando aglomerações com grande parte dos participantes sem máscaras.

E por que todos estavam ali? Por Vacinas no Braço e Comida no Prato, esse foi o motivo de todos estarem ali.
Aqui caberia um famoso ditado: “Contra fatos, não há argumentos”, como não tenho experiências com Pandemia, desde que essa começou pensei o óbvio também em se tratando de termos a tecnologia ao nosso lado e não termos sidos pegos de surpresa, mesmo em meio a todos os problemas estruturais, as administrações irresponsáveis sabendo do problema a nível global, desmontaram os hospitais de campanha e já a mais de 1 ano acompanhamos as oscilações de altas e baixas nas internações e infecções pela Covid-19.

Retrospectiva

Nessas horas não tem como não fazermos um pequeno retrospecto de tudo o que aconteceu. Como nossas principais lembranças, vemos o claro desinteresse do Chefe de Estado em proteger sua nação do vírus, apenas aproveitando a onda e tentando se posicionar pra atrair mais popularidade. Mas convenhamos que Estadista Popular aqui por essas terras só temos atualmente 1 e ele é único como sua história.

Quando o presidente atual sentiu seu governo ameaçado por um vírus, ao invés de combatê-lo, ele simplesmente ajudou à propagá-lo, e até hoje continua recomendando um remédio ineficaz no combate ao Covid-19, passando por cima das Leis Locais, descumprindo o seu papel de Legítimo Defensor do Povo Brasileiro, uma vez que o mesmo foi legitimado pelo Voto, que nem a oposição questionou.

Nesse momento o que a oposição questiona não é o Voto do Povo Brasileiro, mas sim o mandatário que foi eleito para um Cargo Público de gigantesco valor, demonstrando um despreparo que nem o Metalúrgico demonstrou com sua pouca alfabetização, um exímio presidente nas questões sociais e no respeito à Democracia, o tornando tão digno de outras boas oportunidades.

Uma rápida passada nos históricos do WhatsApp do fundador da Agência de Notícias da Favelas, André Fernandes, vi um vídeo de sua chegada à concentração para a Cobertura dos protestos, ele falando com sua voz embargada de emoção sobre o forte sentimento que tinha de estar ali. Inacreditável termos de ir até as ruas por não termos um grande estadista do Poder pra combater o Inimigo Numéro 1 de qualquer Estado nesse momento, o Coronavirus.

Naquele instante tive a dimensão da grandiosidade que era estar ali e fazer a cobertura daquele evento histórico. Sim, todos deviam estar em casa, mas a necessidade de que as Vacinas cheguem o mais rápido possível a um número maior de pessoas, e a necessidade de darmos uma resposta à fome faz com que pessoas dos mais diversos lugares sigam para a Concentração do protesto e permaneçam no ato até o fim.

Solidariedade

O ato foi também solidário, incentivando pessoas a levarem 1 Quilo de Alimento. Vale muito a pena tocar nessa tecla repetidas vezes, pois o seu 1 quilo de alimento junto ao 1 quilo de alimento de outras pessoas se transformam em cestas básicas e kits de limpeza que são distribuídas nos mais diversos lugares do Brasil para as pessoas que já sofriam com a fome e agora essa questão só se ampliou.

Não esqueça de fazer sua doação a quem for, pois é muito importante salientar que estamos em um momento de crise, e nós somos o combustível para superar essa pandemia e os principais agentes para fazer a roda da solidariedade girar.
Os altos índices de transmissão e a rapidez com que o vírus vem se propagando na Índia, os alertas diários que a OMS tem feito sobre os cuidados que devemos ter, e mesmo com o distanciamento, e principalmente debaixo do nosso principal slogan: “Se puder fique em casa!”, ainda assim se faz necessário um esforço muito grande de que é preciso sim nos unirmos para combater o negacionismo sobre a Pandemia que atinge todo o planeta e já matou mais de 3 Milhões de pessoas em todo o globo.

Dessas mortes temos a negativa cota de quase 500 Mil e que Deus nos abençoe e nos guie para um futuro melhor para nossos filhos, pois se o futuro da Nação são as Crianças e você já cresceu, não esqueça que agora o lugar é seu e chegou a sua hora de arar para a colheita. Mas não faça isso de qualquer jeito, nem tudo dar-se um jeito como todos sabemos, Vidas Importam sim e é a Sua que está em jogo.
E aí, vai deixar até quando a banda ser tocada de qualquer jeito?

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