Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, os deputados confabulam contra todos nós. Na Câmara, em Brasília, somos surrupiados e encurralados. As leis apresentadas recentemente não nasceram para nos beneficiar. Elas estão contra cada um de nós. Está aí a Reforma na Previdência, o encerramento do programa Ciência Sem Fronteiras, o assalto às Leis Trabalhistas e tantas outras propostas descabidas e desleais. O presidente golpista sanciona a nossa condenação. Estamos, sim, em maus lençóis.
Aqui no Estado do Rio de Janeiro, assistimos da arquibancada um grupo de políticos nos usurparem à luz do dia, na cara dos governantes que estão ainda no poder. Esta é uma quadrilha especializada em tirar esperança das pessoas. Os empréstimos feitos em nome dos grandes eventos foram prognósticos de pavor. Agora chegaram as faturas, com juros sobretaxados e cobrando com sangue o pagamento. Só observarmos a grande quantidade de mortes e o aumento da violência em todas as esferas. O Estado inteiro vive um pandemônio; é como se estivesse sem freio, sem rédeas. Os órgãos institucionais entraram em colapso. As instituições não conseguem controlar o caos instalado. É um salve-se-quem-puder generalizado.
Com o dinheiro desviado nos desfalques, poderíamos até sonhar com um alivio. Porém, já que não maneira de reverter isso, apertem os cintos: as coisas só tendem a piorar. Não há dinheiro para nada. Acabou. Apenas os bancos têm prioridade no pagamento dos débitos de empréstimos feitos pelo Estado. Enquanto isso, vemos morte aqui, lá no asfalto e nos hospitais, pânico, desespero, escolas e universidades destruídas, arte e cultura sem patrocínio e o povo cada dia mais distante de uma paz prometida – uma paz que viria com as pompas de muitos royalties que agora de nada servem. Seguem as mortes em forma de genocídio embalado disfarçadamente de uma política de insegurança que foi pensada nos áureos tempos. Fica aqui uma dúvida: se acabou o dinheiro, por que o modelo de segurança falido não acaba também?
Quero imediatamente o fim dessa política errônea de segurança. Quero que o Estado acabe com a política das isenções às grandes empresas. Quero também que pare de pagar os bancos. Nosso povo precisa urgentemente de atenção.