Segunda escola da noite, a Unidos do Viradouro trouxe o enredo “ViraViradouro! – o livro secreto dos encantos”, que fez uma viagem através de histórias infantis e percorreu caminhos na fronteira entre a realidade e a fantasia. Tudo foi contado a partir de uma avó que conta histórias para o seu neto, em um livro que transforma contos em encantos, deixando entrar encantadores, deuses, gênios, fadas madrinhas, demônios e bruxas. Seu nome é justamente “ViraViradouro”.
A vermelho e branco de Niterói contou com a volta do carnavalesco Paulo Barros para assinar esse desfile. Sua primeira passagem tinha sido nos anos de 2007 e 2008. Nesse tempo, recheou seu currículo e foi tricampeão com a Unidos da Tijuca (2010, 2012 e 2014) e campeão com a Portela (2017). Portanto, nunca podemos tirar da disputa um desfile deste homem. Assim, a Viradouro vem como aposta para surpresa neste carnaval. Falamos surpresa porque ela retorna à elite como campeã da Série A de 2018, mas na sua história tem o título do grupo especial de 1997.
No desfile, a escola brincou com a memória para nos transformar, queimar a semente do mal e renascer das cinzas. Inclusive, na última alegoria, uma fênix se ergueu para representar esse renascimento, como você pode ver na foto do destaque.
Intérprete da agremiação desde 2014, Zé Paulo Sierra cantou com todo o fôlego o samba-enredo. A bateria “Furacão Vermelho e Branco” foi regida pelo mestre Ciça, um dos mais famosos em atividade. O mestre voltou para a escola onde já esteve entre 1999 e 2009. A sua rainha é Raíssa Machado, desde 2014.
A escola contou com 31 alas e 6 carros alegóricos. E falando dos carros, foram o destaque. Além do carro final trazendo a fênix, o quinto, chamado “Motoqueiro Fantasma”, realmente colocou um motoqueiro indo e voltando na avenida, subindo e descendo de uma rampa. Também houve um carro de “A Bela e Fera” e outro que representou o “Holandês Voador”. Assim, o desfile andou bem e a Viradouro terminou no limite do tempo.