A pandemia do coronavírus é uma realidade mundial, e no Brasil há seis meses a população está vivendo uma sensação de impotência, incertezas e falta de gestão para controlar a proliferação da doença.
Como se não bastasse essa situação deixa as pessoas com a saúde mental e emocional instável, tendo como consequência uma mudança no comportamento que atinge milhares de pessoas, dizimando vidas desde março e afetando outras áreas da sociedade, como emprego, educação e moradia. O que revela a triste situação da população que sempre gritou por socorro e não é ouvida.
“Vivemos um descaso do poder público sobre a proteção da população, cada um está se protegendo por conta própria, tomando medidas que preserve sua saúde e da sua família. Infelizmente não podemos esperar muito do governo federal, que tem dado exemplos contraditórios em relação aos conselhos dos profissionais e autoridades de saúde”, Débora Cordeiro, 35 anos, moradora do Bairro da Paz, em Salvador, graduanda em Gestão de Recursos Humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os governos organizem, gerenciem e estimulem o distanciamento social, reforçando o uso de equipamentos de proteção como as principais ferramentas para se evitar a propagação do vírus, enquanto não é disponibilizada uma vacina que consiga combater o caos que assola o mundo.
Essas orientações foram e estão sendo seguidas por diversos países. Mas no Brasil, que já tem quase 4,3 milhões casos confirmados e passou dos 130 mil mortos pela Covid-19, e ocupa atualmente a segunda posição no ranking do mundo com número de óbitos pela doença, a população não percebe tanta preocupação por parte do governo federal.
As práticas de isolamento social, não estão acontecendo da maneira que convém, inclusive com os péssimos exemplos de pessoas públicas, obrigando atitudes de coletivos sociais, organizações não governamentais e alguns gestores públicos, contrários inclusive ao pensamento do presidente da república, a se posicionaram repudiando tais comportamentos.
Mais de 200 estudos de vacina contra a Covid-19 estão sendo acompanhados pelo Ministério da Saúde, “Não serão economizados esforços para disponibilizar aos brasileiros, tão cedo quanto possível, uma vacina eficiente – em quantidade e qualidade para atender a população”, segundo a nota do ministério.
As autoridades médicas reforçam que as medidas de restrição precisam de amplo cumprimento da população, mas enfatizam que os governantes precisam fazer sua parte para manter a população bem informada e segura. Cuidar da vida das pessoas é uma obrigação dos governantes.
Durante esses meses estamos sendo apresentados a inúmeras experiências e iniciativas populares, seja no âmbito da divulgação de informações referentes aos cuidados, combate ou prevenção à Covid-19, seja também em relação à dificuldade de grande parte da população em manter o isolamento social decorrente da sua condição social, em muitos casos vivendo em locais de alta vulnerabilidade, sem as condições básicas de sobrevivência.
Iniciativas de governantes, em alguns momentos de forma independente, estão sendo vistas como ações que rementem alguma esperança para população, no quesito de controle e combate a pandemia. O governo da Bahia assinou recentemente um acordo com o governo Russo, sendo autorizado a fornecimento da Vacina vacina Sputnik V, o que pode representar em curto espaço de tempo a comercialização da vacina para a população.
A Bahia segue a mesma linha adotada pelo estado do Paraná, quando foi firmado o acordo também com o governo Russo. Ambos estados aguardam a regularização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente nove vacinas estão na terceira e última fase de testes em humanos, a última antes da liberação.
Esta matéria foi produzida com apoio do Fundo de Auxílio Emergencial ao Jornalismo do Google News Initiative: https://newsinitiative.withgoogle.com/intl/pt_br/journalism-emergency-relief-fund/