O povo toma as ruas “Parem de nos matar!”

Créditos: Dhiego Monteiro

Desde o começo do ano nota-se o aumento da morte de jovens nas favelas do Rio de Janeiro e cada vez menos isso é escondido pelo Estado. Infelizmente, a reposta que recebemos do governador responsável pela barbárie é a culpabilização dos ativistas dos Direitos Humanos. “Não deixam que as polícias façam o  trabalho que tem que ser feito.” E então nós perguntamos, o trabalho da polícia é matar crianças?

Em contrapartida a todo o caos político, o povo resiste. Na última segunda (23) um ato em frente da Alerj clamou para que cessem as mortes de jovens negros nas favelas e periferias do Estado, motivados pela vontade de justiça pela morte de Ágatha Felix, menina de apenas 8 anos que foi atingida por um tiro de fuzil nas costas no morro do Alemão. Estiveram presentes diversos movimentos sociais, como os estudantis, LGBT+, partidos políticos, coletivos negros e das favelas, todos com cartazes que denunciavam a política racista e opressora do governador Witzel.

 

Créditos: Dhiego Monteiro

O Slam BXD, coletivo de poesia marginal da baixada fluminense, também esteve presente e a atriz Silvia Mendonça comentou sobre o evento do domingo anterior que reuniu pouco mais de 100 jovens, mesmo embaixo de chuva e chamou atenção para o cunho político de movimentos como esse e a resistência desses jovens.

Créditos: Dhiego Monteiro

A deputada do PSOL Dani Monteiro, que é uma mulher negra e tem o título de deputada mais jovem da Alerj se pronunciou contra o genocídio da população negra. “A cada 23 minutos uma mãe preta fica de luto e nós estamos aqui para disputar a vida. Nós precisamos sim estar na rua, pela Ágatha, por Marcos Vinicius, por Maria Eduarda, pelos outros 15 jovens que tombaram esse ano e pelos mais mil que foram vítimas de violência do Estado.”

Os atos em protesto e as edições de slam feitos nas favelas e periferias do Rio são só dois dos muitos movimentos do povo pelo fim do genocídio da população negra. E o povo vai continuar tomando as ruas. É preciso se unir para resistir