Muitos estranharam as faixas do favelão do Jacarezinho na passeata da Rio Branco, onde se lia: Quilombo Jacaré presente! Alguns perguntaram, mas o Jacaré é Quilombo? Respondemos: claro que sim, o Jacarezinho é um grande Quilombo Urbano. Muitos pensam que os Quilombos só existem nas áreas rurais, mas e os negros libertos que viviam nos grandes centros como no Rio de Janeiro. Esses negros “ex-escravos” foram para onde? Simplesmente sumiram na poeira? Óbvio que não, subiram as ladeiras, entre elas encontram-se a favela da Providência, A Mangueira, o Jacarezinho, etc.
Portanto esses são os quilombos urbanos com a sua concentração de negros e pobres favelados. Respondido isto, seguimos a marcha pela Avenida Rio Branco palco dos grandes acontecimentos históricos do país. Tudo ia muito bem até o momento em que os algozes do Cabral perceberam que chegava ao fim da passeata e não havia acontecido nada que pudesse saciar sua vontade de infernizar, espancar, prender, esculachar e outras atrocidades mais.
Dava para perceber que estavam inquietos, nervosos, sedentos. Loucos para começar a costumeira arruaça.
Não preciso descrever o resto, pois o mundo todo já sabe como se comportam esses vermes. Nós das favelas infelizmente nos acostumamos com esse tipo de situação. Nada mudou neste país. Esta polícia nasceu podre com Dom João VI, rei covarde que fugiu de Napoleão e veio parar aqui no Rio. Ainda possui o espírito de capitães do mato – correr atrás de negros e maltratar os pobres. Bem ao estilo do seu comando maior Dom Sérgio Cabral.
O que precisamos agora é nos mobilizar para pedir o fim desta polícia militarizada. Voltarmos para as ruas e mostrar não só a nossa indignação, mas também a nossa grande força.
Rumba Gabriel