Faltando 10 dias para o carnaval, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro Marcelo Crivella, parece que ainda não se deu conta da responsabilidade que é governar uma cidade como a capital fluminense. Depois das chuvas de semanas atrás que ocasionou a morte de várias pessoas e desabrigou outras centenas em algumas favelas da cidade, principalmente no Vidigal e Rocinha, a prefeitura ainda parece estar perdida no que diz respeito a se preparar para novos temporais. Ora, a imprensa tem noticiado direto que o governo diminuiu drasticamente a verba de conservação pública (leia se, limpeza e contenção de encostas, bueiros, galerias de esgoto e etc.) e que a cidade teve uma queda drástica na instalação de papeleiras de lixo.
Não gosto de ser alarmista mas se qualquer pessoa der uma volta pela cidade, principalmente pela periferia, vai notar que existem vários locais de risco. E não falo só de possíveis deslizamentos de terra ou rocha. A quantidade de árvores centenárias e enormes que estão com raízes apodrecidas é algo extremamente assustador. Vale o mesmo para os postes de ferro que estão com suas bases enferrujadas. É obvio que esse problema não surgiu na gestão atual da prefeitura. Há décadas prefeitos vem e vão e esse problema só vem aumentando. Porém o governo atual numa mistura de inércia e incompetência, mostra que estamos na iminência de sofrer novas tragédias com as chamadas águas de março.
Semana passada a prefeitura emitiu um comunicado que na quarta feira passada cairia uma grande tempestade pela cidade. Decretou ponto facultativo nas repartições do município interrompendo principalmente o funcionamento das escolas municipais, foi na TV alertar a população e pedir que todos ficassem em suas casas, e a esperada chuva não veio.
Porém ontem a noite (Domingo 17/02) sem qualquer aviso dos órgãos competentes, uma forte chuva caiu no Rio, pegando muita gente de surpresa, inclusive esse que aqui vos escreve. Estava no último ensaio do Bloco Tambores de Olokun no centro da cidade, quando ela veio impiedosa. Nada que se comparasse com aquela chuva fatídica do início de fevereiro, mas o suficiente para alagar ruas, derrubas postes e árvores.
Vi a queda de uma delas na Lapa que caiu sobre duas pessoas. A rua estava cheia pois foi num momento que as pessoas saíam dos bares, já que a intensidade não era tão forte como no inicio. A árvore caiu exatamente quando nem chovia mais e por sorte não ocasionou uma tragédia.
Oremos que no Carnaval as chuvas não caiam sob a cidade.