No último fim de semana vivenciamos mais um episódio de racismo que, no Brasil é considerado crime. Aquele que se diz cantor, cujo nome é Cesar Menotti, disse em rede nacional, especificamente no programa altas horas da rede globo, que samba é coisa de bandido e para piorar ainda mais a situação, o mesmo diz em tom de brincadeira.
Como assim alguém desrespeita uma cultura, uma forma de viver por achar uma brincadeira? Após o terrível episódio, o vídeo da fala racista viralizou nas redes sociais em tom de crítica ao ato absurdo dessa pessoa. Os sambistas de São Paulo elaboraram e publicizaram uma carta em que respondem ao ato racista, bem como sugerem formas de reparação ao cantor.
Vivemos em tempos tenebrosos em que cada um/ a se sente no direito de ofender, desrespeitar, assediar, ser racista com o outro que ele/ ela julgue ser inferior, prática muito comum entre os fascistas que, no limite deu na Alemanha nazista. O Brasil é um país de população majoritariamente negra, foi edificado pelo trabalho dessa população e se analisarmos a nossa cultura é de matriz africana e afro-brasileira, e o samba é um grande expoente de toda essa riqueza.
Basta fazer um breve levantamento e teremos grandíssimos nomes que fizeram e fazem ficar emocionados com suas poesias e interpretações no maravilhoso mundo do samba: Dona Ivone Lara, Jovelina Pérola Negra, Leci Brandão, Beth Carvalho, Alcione, Clementina de Jesus, Silas de Oliveira, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Sombrinha, Adorinan Barbosa, Jorge Aragão, Geraldo Filme, Nelson Cavaquinho, todas as Velhas Guardas das Escolas de Samba e tantos outros que poderia passar 24 horas escrevendo.
Como disse o poeta: “Respeito quem pôde chegar aonde a gente chegou”. Salve o samba e xs sambistas!!!!