O semestre terminou e o que você fez?

“Devia ter amado mais, ter chorado mais,  ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria fazer”. Epitáfio – Titãs

É sempre comum no último dia do ano, a despedida do velho ano e a saudação da chegada do ano novo, que algumas pessoas listem uma série de coisas que pretendem fazer diferente, como se fosse uma vida nova que estivesse brotando.

O “ritual” da virada do ano é algo que cria tanta expectativa nas pessoas, e as vezes envolvem terceiros nessa necessidade.  Desde uma mudança na rotina, a não se prender a coisas materiais, até em focar em questões que necessitam de uma atenção especial, principalmente como as relações interpessoais.

A quantidade de itens é de uma variadade inimaginável, que tais desejos em alguns casos são esquecidos nos primeiros dias do novo ano, talvez pela forma mirabolante que foram projetados ou pela falta de convicção da realização dos anseios.

Desde iniciar ou retomar uma dieta, estudar para concurso público, viajar, visitar amigos e familiares, investir na aquisição da casa própria, entre outras.

A intenção é aplicar desde os primeiros minutos do ano, todos os dias, até o derradeiro minuto. Porém os dias vão passando, e a sensação que está acontecendo uma regressão começa a inquietar. Surgindo a incômoda pergunta:

O semestre terminou e o que você fez?

Ainda resta um semestre para findar o ano, há muito o que fazer ou lamentar. Depende do ponto de vista. Aproveitando pra refletir que o momento é como se estivéssemos na mão um copo com água pela metade. O copo está meio cheio ou meio vazio?

“Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o sol se pôr”.

 

Artigo anteriorSeis meses de governo Bolsonaro: um mandato de incertezas e terror
Próximo artigoVocê persegue um sonho?
Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.