Tenho me deparado com um conflito que quero partilhar aqui.
Avaliando minha prática pedagógica Deparei-me com o Silêncio Docente tem me incomodado sobremanera. É um silêncio manipulador, que parece espontâneo por vezes, e que suas causas não são tão explícitas.
A herança copista dos monges medievais, à qual Danilo Di Manno gostava sempre de se referir, a cada dia está mais intensa em nosso meio docente. Apesar do grande avanço dos discursos, muitas vezes progressistas, a prática docente, doentemente está mais silenciada. Os discursos não faltam. Reproduções de teoriais já cansadas e que não são capazes de interpretar a realidade presente ecoam por todos os lados onde habitamos. Porém, cadecem de profundidade e criticidade, causaram uma pobreza incomensuravel ao fazer docente no qual sobra discursos, mas tem a prática, inclusive epistemológica, silenciada.
Este é o pior silêncio. Como pode um/uma docente não saber falar sobre sua própria prática? Como é possível que não se dêem conta de que quase tudo o que dizem não reflete sua prática ou que não sabem dizer o que fazem de forma crítica? Ou ainda que estão a cada dia, sendo mais afastadas de afazeres básicos de sua função, como saber ler o mundo em que vivem e escrevê-lo partilhando sua experiência educativa?
Será um erro de interpretação minha? Não há silêncio algum e realmente a atividade docente está se efetivando conforme suas possíbilidades e assim que deve ser?
Não sei, mas Danilo já atentou-nos para este silêncio, e portanto, não sou o único a interpretá-lo assim. Mas ainda persiste a angústia: quais as causas deste silêncio? Como podemos e devemos acabar com ele? Talvez gritarmos para rompê-lo? Danilo aponta outro caminho, qual me parece muito mais prudente no momento. Recomendo a leitura silenciosa, caso você queira aprofundar-se nesta questão. Segue o atalho para o artigo: