Criar a possibilidade de novas narrativas, outros olhares, ideias diversas. Experimentar, conhecer, compartilhar. Construir canais para a expressão dos modos de vida, formas de fazer, ensinar e aprender, saberes, valores e expectativas de jovens oriundos das comunidades tradicionais do Rio de Janeiro. Abrir a Universidade, não apenas no sentido de disponibilizar seus espaços e instrumentos para os grupos sociais e suas lutas, mas descobrindo novas formas de construir e divulgar o conhecimento. Esses e muitos outros, são os objetivos do Coletivo Audiovisual Sankofa.

O Sankofa é o símbolo adinkra de resgate da tradição, cujo significado remete ao provérbio “se wo were fi na wo sankofa yenkyi” (“não é tabu voltar para trás e recuperar o que você perdeu”). Sua representação gráfica é um pássaro com a cabeça voltada para trás, com um semente na ponta do bico. Essa é a lição que os jovens das comunidades tradicionais trazem consigo: o segredo para a construção de seu futuro está no respeito e na valorização de sua história, de seus saberes, de sua herança.

O Coletivo Audiovisual Sankofa, espaço para a expressão criativa de tais conhecimentos e valores, foi formado a partir de duas iniciativas do Observatório de Povos Tradicionais da UFRRJ: o Grupo PET Etnodesenvolvimento e Educação Diferenciada, formado por estudantes da UFRRJ oriundos de comunidades tradicionais do Sul Fluminense, e o projeto O Quilombo vai à Escola, financiado com recursos da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Sua constituição se dará a partir de oficinas de produção audiovisual, que contarão tanto com a participação de estudantes da UFRRJ, quanto de jovens quilombolas, indígenas e caiçaras.

Saiba mais em:  http://sankofacoletivo.wordpress.com/2013/08/09/oficina-e-producao-de-filme-comunidade-quilombola-alto-da-serra/

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