II Encontro Estadual de Direito à Comunicação - Foto: Junior Silva/ ANF

No dia 5 de outubro, foi realizado o II Encontro Estadual de Direito à Comunicação de Pernambuco em Olinda. O evento reuniu vários coletivos e movimentos da mídia independente do estado e da comunicação comunitária, tendo em vista a necessidade desse tipo de produção em meio ao clima de intensificada censura aos meios de comunicação e constante tentativa de manipulação da grande mídia nos veículos comunicativos.

O encontro foi conduzido pelo Fopecom (Fórum Pernambucano de Comunicação) e aconteceu no Centro de Cultura Luiz Freire, espaço que tem um grande histórico de formação política, cultural, discussões acerca do direito à cidade e ao seu uso em benefícios da população. Sedia há vários anos discussões pertinentes à valoração da cultura e da arte, além da necessidade de lutar pelos direitos e conquista dos espaços.

O encontro reuniu diversas organizações de produção de conteúdo e de militância pela comunicação democrática e transparente, contando com a participação de comunicadores advindos de vários territórios do estado, provenientes tanto da mídia televisiva quanto da rádio e das mídias sociais. No evento, houve a presença do Caranguejo Uçá, TV Viva, Fórum de Juventudes de Pernambuco, Brega Bregoso e tantos outros que fazem a diferença em seus territórios.

Foi possível discutir pautas relacionadas à comunicação popular e às medidas de enfrentamento e resistências aos interesses comerciais da mídia hegemônica. Além disso, estabeleceram-se conexões e redes entre o grupo presente e tornar mais próxima a relação dos diversos meios de comunicação do território. A democratização dos meios de comunicação vem sendo uma importante frente de luta para quem constrói a comunicação popular e comunitária, possibilitando que a informação chegue a todas as pessoas.

A Agência de Notícias das Favelas esteve presente no encontro e aproveitou a oportunidade para a divulgação e lançamento da primeira edição do jornal impresso A Voz da Favela. Sua circulação na capital e região metropolitana de Recife iniciou-se em outubro, tendo a produção dos conteúdos realizada pelos estudantes da Rede de Agentes Comunitários de Comunicação (RACC).