“Ontem, hoje, sempre Beija-Flor”

Créditos: Caio Ferraz

A atual campeã do Carnaval carioca passou pela avenida para defender seu título. A Beija-Flor trouxe o enredo “Quem não viu vai ver… As fábulas do Beija-Flor”. Após completar 70 anos, no último dia 25 de dezembro, a azul e branco de Nilópolis celebrou essa marca e recorreu ao beija-flor, voando alto como porta-voz de suas grandes glórias na Passarela do Samba. Desfiles que entraram para a história foram revividos e fizeram um flash-back para aqueles que não tiveram a chance de vê-los. Foi uma viagem no tempo, nas asas da fantasia, que resgatou a memória do Pavilhão através de uma releitura contemporânea e fabulosa.

O desfile foi assinado pela comissão de 6 carnavalescos, tradição de sucesso da agremiação desde 1998. O samba serviu como a cereja do bolo para trazer à tona toda essa fantasia vivenciada e relembrada pela escola. A música retratou a esperança que persiste dentro de nós, a esperança por dias melhores, a esperança que nos faz sonhar com tempos melhores, sem esquecer de onde viemos e o que passamos.

A bateria “Soberana” veio sob o comando dos mestres Plínio e Rodney. A rainha de bateria Raíssa de Oliveira esteve mais uma vez na escola que defende desde 2003. Neguinho da Beija-Flor, um dos maiores personagens do samba brasileiro, e intérprete da escola desde 1976, deu mais um show. Seguindo com os personagens importantes, este ano Selminha Sorriso completou 30 anos como porta-bandeira na Sapucaí, sendo 24 só na Beija-Flor, tendo passagens também na Império Serrano e Estácio de Sá. Ela e seu mestre-sala Claudinho estão juntos desde 1996. Eles desfilaram de flor e beija-flor, respectivamente.

A Beija-Flor é uma das mais tradicionais agremiações do samba, conhecida nacionalmente, e certamente a que tem mais sucesso recente. Os 14 títulos totais, sendo 9 desses desde 1998, credenciam a escola como a terceira maior vencedora da história do grupo especial.

No desfile, a escola contou com 37 alas e 5 carros alegóricos.