Foi preso, na manhã desta sexta-feira, 11, o Secretário estadual de Educação do Rio, Pedro Fernandes. Agentes foram à casa dele, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, onde apresentou exame positivo de Covid-19 e, por isso, ficará em prisão domiciliar. A ação é da segunda fase da Operação Catarata, que investiga desvios em contratos de assistência social, entre os anos 2013 e de 2018. O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil informam que o esquema pode ter desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos.
Pedro Fernandes foi preso por ações durante sia gestão na Secretaria estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos Cabral e Pezão. Na pasta, ele comandava a Fundação Leão XIII, de onde saíam os contratos fraudulentos, segundo as investigações.
A ex-vereadora e ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson, também teve a prisão decretada e é procurada. Agentes foram ao prédio onde ela mora, em Copacabana, mas não a encontraram. Ela responde por crimes durante sua gestão nas secretarias municipais de Envelhecimento Saudável e de Proteção à Pessoa com Deficiência, entre 2013 e 2017.
Além deles, foram expedidos mandados de prisão contra mais três suspeitos e seis mandados de busca e apreensão nos bairros de Copacabana, Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca.
Em julho de 2019, a Polícia Civil e o Ministério Público prenderam sete pessoas suspeitas de fraudes em licitações da Fundação Estadual Leão XIII, da qual Pedro Fernandes foi presidente, antes de assumir a Secretaria estadual de Educação. As investigações continuaram e, segundo a força-tarefa, o esquema incluiu secretarias municipais do Rio: a de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e a de Proteção à Pessoa com Deficiência.
Além de Pedro Fernandes, foram presos o empresário Flavio Salomão Chadud, o ex-delegado Mario Jamil Chadud, pai de Flavio, e o ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII, João Marcos Borges Mattos.