Desde antes da “onda bolsonarista”, a elite e os pobres de direita justificavam que o quinto país mais rico da época estava quebrado e que se continuassemos com as reformas sociais, o Brasil viraria uma Venezuela. Por este motivo, não seria perdoado as pedaladas da Dilma. Ela teria que sair a todo custo. E a esquerda deveria ser expulsa do país.
Para dar lugar a uma nova ordem, baseada em interpretações de postagem no Whatsapp e Facebook sobre trechos soltos da Bíblia e da história da humanidade.
O ódio à esquerda brasileira é constatemente inspirado pela crise venezuelana. Uma crise criada pelo embargo e o terrorismo norte-americano. Assim como Cuba, a Venezuela sofre com sanções comerciais, por serem países que não se submetem ao controle dos Estado Unidos. Claro que essa regra não vale para a China, que rompeu com a União Soviética sob a tutela de Washington, ainda na Guerra-Fria.
Mas, como os bolsonaristas não investigam a história da humanidade, partem de crenças e achismos, e, com isso, suas “verdades” caem por terra. A cada vexame, pulam do barco uma leva de desistentes, que logo articulam um novo golpe. Entre eles o apresentador de TV Luciano Huck, o Movimento Brasil Livre (MBL), e muitos outros grupos que defendem os interesses das elites.
O Brasil passou de quinto para décimo segundo país do ranking mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, o desastre estratégico é diário com reformas que acabaram com os direitos sociais, educacionais, culturais, trabalhistas e previdenciários. Em nome de um capitalismo selvagem, mas não organizado, que fez falir as principais empresas do país, entre elas a montadora Ford.
A Venezuela que não quer ser um Brasil
Hoje a Venezuela salva o Brasil com oxigênio e médicos. O país vizinho conseguiu controlar a disseminação da Covid-19. Os que eram sempre humilhados, foram aplaudidos nas ruas de Manaus, celeiro bolsonarista que sofreu ao acreditar nas loucuras do presidente. Muitos seguiram o lider do país e na hora que precisaram dele, o mesmo tirou o corpo fora e nem mesmo teve educação e ombridade para agradecer a ajuda espontânea do governo da Venezuela.
Nem mesmo a vacina contra a Covid-19 está garantida, pois os enssumos que vem da China dependem de diplomacia para resolver a compra e logística intercontinenal. Mas quem do Governo Federal Brasileiro pode fazer isso? O Ministro das Relações Internacionais? Esse é que não pode, pois é racista e costuma falar mal da China, por puro preconceito e deboche. Mas, e agora?
Sem governantes respeitáveis, com a humilhada Venezuela salvando vidas no estado mais bolsonarista do país. Será o indicativo que a “onda bolsonarista” vai finalmente morrer na praia? Ou eles seguirão ilesos e nós é que morreremos?
E quando chegar em 2022 eles vão aceitar a derrota ou vão atacar o Congresso e o Supremo mais uma vez? Muitas são as perguntas que faço, mas uma coisa tenho certeza. A revolução não será televisionada!
Todo poder ao povo!
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