O que faz uma pessoa em sã consciência escolher subir morros, favelas, periferias, becos ou como prefiram chamar.
Dá oportunidade para que pessoas de diversas profissões possam expressar em palavras tudo o que a maioria dos jornais tentam esconder, ir contra tudo e todos, ser visto por uma grande parte das pessoas como manipulador e ainda assim querer muito ser um comunicador?
A resposta para essa pergunta é: paixão.
Paixão pela verdade, por histórias de pessoas esquecidas, por revolução, por liberdade de expressão. Tudo isso misturado à inquietação de fazer a diferença, de contar o que ninguém quer que seja contado, de ir onde ninguém teve coragem de ir.
Foi através da Agência de Notícias das Favelas, com o seu jornal, A Voz da Favela, que me fez acreditar no futuro do jornalismo e da comunicação comunitária, que é preciso ser muito humano para levar sensibilidade, esperança e humanização através de palavras publicadas, que computador nenhum pode substituir.
Ao ler algumas edições do jornal A Voz da Favela lembrei-me de uma mensagem do jornalista Caco Barcellos, que diz assim:
“A boa função do jornalismo é dar grandeza às histórias dos outros. Descobrir nas pequenas coisas algo edificante”.
Concluo então, com toda certeza que ser um comunicador é: Entender e escrever sobre o que está acontecendo entre as pessoas, para mim é um ato quase revolucionário!