As paralisações para frear a pandemia da Covid-19 refletiram diretamente no poder de compra do cidadão fluminense. Segundo estudo divulgado em setembro pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), houve queda de 9,9% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado em comparação ao ano passado. No entanto, o setor de brinquedos espera alta de vendas para o Dia das Crianças.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Costa, a indústria do setor deve faturar mais de R$ 2 milhões em relação ao ano passado, que fechou em R$ 7,290 bilhões. Comerciantes do varejo de brinquedos esperam que o reflexo dessa cifra volumosa chegue até seus estabelecimentos.
O diretor de vendas da “Alegria Alegria Brinquedos”, Gustavo Carvalho, já se preparou para o Dia das Crianças em sua loja, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, e espera 20% de aumento nas vendas para a data, mesmo em um período de pandemia. Ele ressalta que o consumidor pode sentir a alta nos preços, pois os materiais de fabricação de brinquedos tiveram aumento por conta da pandemia, que paralisou as fábricas. “Eu fiz estoque já prevendo isso, para não ter que passar tanto aumento para o meu consumidor”, revela.
Mesmo diante da alta dos preços, o diretor de vendas da “Alegria Alegria” acredita que as pessoas não vão deixar de comprar brinquedos porque a data é importatante para as crianças, “Talvez optem por versões mais baratas”, diz Gustavo Carvalho.
A gerente de vendas da “Planetoy”, Maria José de Queirós, conta que o movimento caiu muito na loja em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, por causa da pandemia. “Ficamos quatro meses fechados e quando abrimos bombou de clientes, mas foi só nos primeiros dias. Agora ficam vários vendedores na loja vazia. Mas a gente segue na torcida para que o movimento aumente até o Dia das Crianças”, diz ela.