O Conselho Estadual de Política Cultural (Consecult) aprovou, em reunião realizada na Fundação Espaço Cultural da Paraíba, em João Pessoa, na última sexta-feira, 23, um projeto que prevê a ocupação cultural de escolas públicas da rede estadual.
O projeto ainda está em formatação e não tem um nome definido, mas prevê a realização de oficinas e eventos que envolvam música, teatro, dança, artes visuais, cultura popular e demais expressões artístico-culturais no âmbito das escolas estaduais.
Em resumo, a ideia é levar a cultura para dentro da escola e promover a interação com alunos da rede estadual. “O convidado especial dessa reunião do Conselho foi o Secretário de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia, Cláudio Furtado, que fez um resumo das atividades que sua pasta já realiza com foco na cultura, e ouviu sugestões e questionamentos feitos pelos conselheiros”, informa a assessoria da Secretaria de Cultura.
O Secretário da Educação disse que a pasta está aberta a ideia da cultura ir às escolas, e informou que já designará, em seu gabinete, equipe que se responsabilize para dar encaminhamento à ideia. O secretário da Cultura, Damião Ramos, também já designou grupo que montará um pré-projeto para detalhar a parceria, que se baseará nas colaborações dos conselheiros e coletas de informações junto às Regionais de Cultura.
O projeto
O projeto de ocupação cultural das escolas, que ainda não tem nome, é, em resumo, implantar uma grade fixa de oficinas, apresentações, exposições e aulas na rede pública estadual, tendo como mão-de-obra os artistas e demais trabalhadores da cultura, que residem nas cidades onde está a escola.
Será criada uma programação, em comum acordo com a própria escola, de maneira que a produção cultural, com destaque para a cultura popular e seus grupos, estejam levando apresentações e saberes.
Cultura popular
O conselheiro José Abmael sugeriu a inscrição de grupos de cultura popular para garantir, no projeto, o espaço para expressões como coco de roda, ciranda, capoeira e outros. “É urgente isso porque precisamos fazer com que os jovens conheçam essa arte. Nossos estudantes precisam conhecer essas expressões culturais”, argumentou.
Damião Ramos, como presidente do Consecult, propôs integrar ao projeto os nomes hoje reconhecidos no Livro de Registro de Mestres e Mestras das Artes (Rema).