“Mulheres em defesa do território: Borborema agroecológica não é lugar de parques eólicos”, este é o tema da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia que pretende reunir cerca de 5 mil mulheres rurais nas ruas da cidade de Solânea, interior da Paraíba.
A marcha será nesta segunda-feira, dia 2 de maio, e tem objetivo de reafirmar que onde se instalam os parques eólicos diminui a produção nas propriedades rurais. A concentração será na praça 26 de novembro.
As mulheres que vão participar da Marcha vêm, são dos municípios de Solânea, Casserengue, Arara, Algodão de Jandaíra, Remígio, Esperança, Areial, Montadas, Lagoa de Roça, Alagoa Nova, Matinhas, São Sebastião de Lagoa de Roça e Queimadas, cidades cujos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais integram o Polo da Borborema.
A entidade realiza há 30 anos um trabalho alicerçado em um projeto de construção da agricultura familiar agroecológica, que vem dando significativos resultados na redução da fome e da pobreza nas famílias agricultoras.
O debate coloca em xeque o modelo de energia eólica que começa a avançar na região paraibana da borborema, com a implantação de parques que são vendidos como produtores de energia limpa, mas se apropriam da terra e do território rural, mudando completamente a vida das comunidades e ameaçando a produção da agricultura familiar.
Impactos na agricultura
A fiação dos parques eólicos é subterrânea, fato que impacta diretamente quem vive da agricultura e precisa mexer na terra para plantar.
Onde há torre instalada, as agricultoras e agricultores perdem sua autonomia para produzir. Além disso, o volume do que se produz cai porque a presença das torres de 140 metros, que equivale a um prédio de 50 andares, afeta a temperatura, a acústica e a luz do local, causando desequilíbrio ambiental. Um parque tem, no mínimo, 30 torres.
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