Localizado no Subúrbio Ferroviário, entre os bairros de Pirajá e Enseada do Cabrito, com remanescente de mata Atlântica urbana no Brasil e 75 hectares de área de proteção ambiental, o Parque São
Bartolomeu é cenário de beleza, com imenso valor ambiental, histórico  e religioso, o local é considerado sagrado para o povo de santo.

E não tem como falar desse lugar sem citar, pelo menos, alguns de seus fatos  históricos e importantes para nossas vidas.

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Em 1823, foi cenário da batalha de
Pirajá, onde Zeferina, uma das protagonistas da independência da
Bahia, ficou à espreita. Também foi o local onde os índios Tupinambás e os quilombolas (Quilombo dos Urubus) estiveram presentes contribuindo, entre outras coisas, para formação da nossa história.

É  rico e cheio de histórias ancestrais.

Um espaço formado por flora, fauna, cachoeiras, pedras sagradas para a
religião de matriz africana, além de uma escada construída pelos escravos conhecida por ter um fundamento dos Orixás em cada pedra, além do rio bacia do cobre.

Por causa dos seus elementos, o povo de santo nomeou quatro das suas  cinco cachoeiras como: Oxum, Nanã, Oxumaré, Cascata de Oxum e cachoeira da barragem. Sendo apenas a Cachoeira bacia do cobre (também chamada cachoeira da barragem) apropriada para o banho, pois as demais estão poluídas. O Rio Mané dendê vem da Lagoa da Paixão em Fazenda Coutos e desagua na cachoeira de Oxum.

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O Parque São Bartolomeu é um ambiente consagrado para o povo de santo que apresenta suas oferendas e pratica os rituais em harmonia com a natureza e seus elementos, desde os primórdios.

O Parque é um local aberto ao público, independente de religião. Lá ocorrem trilhas ecológicas gratuitas e eventos culturais. Também há um projeto de revitalização do parque que começou em 2010, ainda em andamento.

Vale a pena conhecer esse cantinho cheio de boas energias.

* Matéria publicada no Jornal A Voz da Favela, edição de Abril de 2019.