A campanha eleitoral para ouvidora e ouvidor externo da Defensoria Pública do Rio de Janeiro, em 2019, tem sido vergonhosamente não antirracista, visto que quem se diz progressista e historicamente ocupa esse cargo, tem propagado adjetivos negativos à candidata Patrícia Oliveira, afirmando que ela não está preparada para assumir tal cargo e é uma pessoa raivosa. Designações essas historicamente propagadas pela ciência racista do século XX, que ou tentava nos colocar como seres inferiores e de pouca sabedoria, ou de pessoas instintivas, raivosas, agressivas.
Patrícia Oliveira é ativista e militante pelos direitos humanos há mais de 20 anos, possui uma atuação coerente e honesta, e hoje se vê ameaçada por falácias de quem não quer perder o privilégio e quer continuar falando por nós, negras e negros. Não queremos quem falar por nós, falaremos e atuaremos por nós.
Porém, estamos denunciando (ativistas por direitos humanos em sua diversidade) a campanha suja e de mau caráter contra Patrícia Oliveira. Chega, queremos tudo o que é nosso, e se tais pessoas fossem progressistas e antirracistas, deveriam, imediatamente abandonar a candidatura, visto que isso é um gesto de abrir mão de privilégios.
Como nos disse Angela Davis: “Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”