stá em cartaz aos sábados e domingos no Parque das Ruínas (Rio de Janeiro) com ingressos a partir de R$25 (meia entrada). A peça celebra a obra do patrono da educação brasileira (e indicado ao prêmio Nobel da Paz em 1993) e os 40 anos de trajetória artística do ator e palhaço Richard Riguetti.
Richard estreou nos anos 70, ao lado de Ary Fontoura, Raul Cortez, Vera Holtz, Lucélia Santos e Guilherme Karan, com a premiada peça “Rasga Coração” – peça proibida pela censura e que se tornou símbolo de luta. Anos depois, atuando no teatro de rua, Richard se dedicou à arte da palhaçaria, fundou o Grupo Off Sina e a Escola Livre de Palhaço (Eslipa). Depois de 30 anos dedicados ao teatro de rua, Richard volta aos palcos sob direção de Luiz Antonio Rocha, num texto escrito por Junio Santos.
Paulo Freire, o Andarilho da Utopia é um espetáculo fundamental para os dias de hoje, despertando reações apaixonadas naqueles que admiram ou reconhecem a importância do educador e filósofo. Após cada sessão, Richard e Luiz Antonio promovem um bate papo com a plateia – normalmente ávida por compartilhar sentimentos sobre o que representa ver, em cena, ideais de Paulo Freire sobre educação e transformação social.
FUNDAMENTAL NOS DIAS DE HOJE, OBRA DE PAULO FREIRE INSPIRA O ESPETÁCULO “PAULO FREIRE, O ANDARILHO DA UTOPIA”
Mesclando elementos das linguagens do teatro, do palhaço e do teatro de rua, peça cumpre temporada no Centro Cultural Municipal Parque da Ruínas
Com uma obra reconhecida mundialmente, Paulo Freire deixou um legado imensurável para a educação e cidadania. Sua obra e trajetória são a base para o espetáculo “Paulo Freire, o andarilho da utopia” um ato “cenopoético” com encenação de Luiz Antônio Rocha, dramaturgia de Junio Santos e no elenco o ator e palhaço Richard Riguetti, fundador do grupo Off-Sina e da Escola Livre de Palhaço – ESLIPA, que comemora seus 40 anos de atividade artística. “Paulo Freire, o andarilho da utopia” cumpre temporada até o dia 26 de maio, sempre aos sábados e domingos, no Centro Cultural Municipal Parque das Ruinas. Ingressos a partir de R$ 25 (meia entrada).
“Paulo Freire, o andarilho da utopia”, derrama no palco a trajetória e os causos de um dos mais notáveis pensadores da história da educação mundial. O espetáculo propõe uma reflexão, mostrando a sociedade e o planeta em constante mudança através da ótica Freiriana, misturando elementos das linguagens do teatro, do palhaço e do teatro de rua.
“Ler a vasta obra de Paulo Freire é necessário e prazeroso. Complicado é – entre tantas palavras e textos significativos – extrair o conteúdo da dramaturgia. Por isso, criamos roteiros cenopoéticos, temperados com cantigas, poemas, com cheiros de vida e cheiros de gente, para propagar a esperança que não cansa na voz, no corpo, na força que desejamos imprimir com o espetáculo”, explica Junio Santos.
A encenação de Luiz Antônio Rocha (‘Frida Kahlo, a Deusa Tehuana’; ‘Brimas’ e ‘Zilda Arns, a dona dos lírios’) propõe uma estrutura narrativa que leva a um lugar de ideias e reflexão. Ele explica: “O brasileiro gosta de histórias. Gosta de pessoas que inventam, que abrem caminho, que enfrentam desafios, que são corajosas. O brasileiro está imerso em crenças fortes, em uma diversidade e cultura preciosas. Nossa brasilidade carrega paixão e acolhe arte antes mesmo de saber que é arte. Assim trazemos a presença iluminada de Paulo Freire através de uma dramaturgia que abarca formas brincantes como o circo e o teatro de rua. Essa brincadeira que propomos rompe barreiras de tempo e lugar. Nos leva à lua, um lugar de exílio e reflexão. Traz o encanto das palavras encharcadas de significados tão amorosas de Paulo Freire e de suas ideias. São ideias mais que nunca atuais, vivas e necessárias diante da realidade que neste momento nos envolve” destaca o diretor.
Após 30 anos dedicados ao teatro de rua, Richard Riguetti retorna aos palcos com esse projeto cênico, idealizado por ele e Luiz Antônio Rocha há oito anos. “Não conseguimos viabilizar o espetáculo antes por falta de agenda. Hoje não consigo imaginar melhor forma de celebrar 40 anos de trajetória artística, encenando um texto com as ideias tão vivas e inspiradoras de Paulo Freire”, comenta Richard.
Richard Riguetti estreou nos anos 70, ao lado de Ary Fontoura, Raul Cortez, Vera Holtz, Lucélia Santos e Guilherme Karan, com a premiada peça “Rasga Coração” – peça proibida pela censura e que se tornou símbolo de luta. Anos depois, atuando no teatro de rua, Richard se dedicou à arte da palhaçaria, fundou o Grupo Off Sina de circo-teatro e com ele surgiu seu grande personagem, o Palhaço Café Pequeno. A vivência como palhaço traz vigor e lirismo, essenciais para a cena, como explica Richard.
“O palhaço tem como função social reconstituir o tecido emocional da população. O Vianinha dizia ‘o homem ri, porque crê. Porque acredita no futuro, vislumbra um futuro melhor’. Durante o processo de criação, percebemos que Paulo Freire também tem essa linha de pensamento, especialmente quando ele diz ‘eu carrego nos olhos o brilho do menino’. Por conta dessas ‘coincidências’, acredito que Vianinha muito provavelmente estudou e se inspirou em Paulo Freire. Por isso, vejo como natural trazer a figura do palhaço para o espetáculo – não como o engraçado, mas como sujeito que busca novas possibilidades e que reafirma, dentro de cada um, a fé. Arrisco dizer que o palhaço traz os olhos de Paulo Freire, uma vez que esse grande homem sempre olhou o mundo com curiosidade, como se fosse sempre a primeira vez, na busca de aprender alguma coisa e trocar com ele”.
Sinopse – “Paulo Freire, Andarilho da Utopia”
É no interior de Pernambuco, à sombra de uma mangueira que a história começa. Um menino com um graveto na mão inicia o seu processo de leitura do mundo. É submetido a fome, assim como grande parte da população brasileira. Na fantasia, ele aparece no espetáculo, como um astronauta, um professor, um brasileiro com sonhos e fome de tudo. Na Infância e juventude, outra fome ocupa o seu tempo: As palavras. E ele as devora como se elas fossem pedaços de comida. E essa foi a sua busca até a eternidade: as palavras. Através delas e com elas percorre territórios disseminando a sua pedagogia de ensino e revoluciona a educação mundial. Movido pelo desejo de liberdade de si e dos outros, de justiça, igualdade, e superação dos obstáculos.
SERVIÇO: “PAULO FREIRE, O ANDARILHO DA UTOPIA”
Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra do patrono da educação Brasileira, marca os 40 anos de atividade artística do ator e palhaço Richard Riguetti.
Dramaturgia – Junior Santos
Ator – Richard Riguetti
Encenação – Luiz Antônio Rocha
TEMPORADA: de 4 a 26 de maio de 2019 | Sábados e domingos |HORÁRIO: 19h
LOCAL: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas.
Rua Murtinho Nobre, 169. Tels.: 2215-0621 | 21 2224-3922
INGRESSOS: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia entrada) | CAPACIDADE: 300 lugares
Recomendado para maiores de 12 anos