Não há como questionar que a internet foi criada como uma ferramenta útil para todos os campos da modernidade.
No entanto, faz-se necessário verificar que sua extensão de acessibilidade tem gerado negatividade em alguns setores, neste caso em questão, no cometimento de crimes de pedofilia virtual.
A pedofilia virtual consiste em produzir, publicar, vender, adquirir e armazenar pornografia infantil pela rede mundial de computadores, por meio das páginas da Web,e-mails, newsgroups, salas de bate-papo (chat), ou qualquer outra forma.
Segundo vem descrito na classificação internacional de doenças (CID -10/OMS), a pedofilia é um transtorno causado por determinada preferência sexual, nesse caso, incidindo sobre crianças e adolescentes, geralmente pré-púberes ou no início da puberdade. Mas, para a psiquiatria (DSM-IV/APA), é um transtorno da sexualidade, causado por fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais, acarretando tais comportamentos em favor de crianças e adolescentes.
Tais atitudes criminosas são praticadas por pessoas, independente do gênero, com no mínimo dezesseis anos e ao menos cinco anos mais velha que a criança.
Diante de tais questionamentos, devem os pais orientar seus filhos e, se possível, observar frequentemente os acessos que os mesmos visualizam, afinal de contas, as crianças/adolescentes são presas fáceis aos pedófilos que já possuem mecanismos poderosos para aliciar as vítimas inocentes e realizar atividades sexuais, bem como fazer exposição de forma pornográfica.
O Estatuto da Criança e Adolescente busca, de maneira integral, proteger os menores de atos abusivos, porém, na prática virtual, não existem maneiras seguras de inibir que situações como essa venha ocorrer, cabendo aos pais/responsáveis a vigilância.
Em caso de se depararem com fatos evidenciados pela pedofilia, devem procurara delegacia para investigação e apuração dos fatos.
Medidas educacionais, tanto domésticas como escolares, devem servir como suporte de conscientização, alertando as crianças e adolescentes sobre alguns dos perigos que a internet oferece.
* Matéria publicada no Jornal A Voz da Favela, edição de novembro 2019