De acordo com o Observatório das Metrópoles, o ano de 2020 atingiu o maior nível de desigualdade nas metrópoles brasileiras.
Os dados fazem parte da 3ª edição do Boletim Desigualdade nas Metrópoles, realizado pelo Observatório das Metrópoles, em parceria com a PUCRS e o Observatório da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).
A pesquisa utiliza os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em especial de sua divulgação trimestral.
Com base no Boletim, para os 40% mais pobres das regiões metropolitanas brasileiras o rendimento médio do trabalho teve queda de 34,2% entre o quarto trimestre de 2019 e de 2020.
Em termos absolutos, a renda desse percentual variou de R$ 237,18 para R$ 155,95. Para os 10% mais ricos, a queda de rendimentos foi de 6,9%.
Assim, os mais ricos passaram a ganhar, em média, 39 vezes mais do que os mais pobres.
Essa é a maior vantagem do topo em relação à base já verificada em toda a série histórica.
Desigualdade de oportunidades
O Boletim mostra que as desigualdades têm impacto também nas oportunidades futuras de vida de crianças e jovens, com relativos à escolarização nos diferentes níveis de renda das regiões metropolitanas.
Foi possível identificar entre os mais pobres, 8,8% das crianças e jovens com idade correspondente ao Ensino Fundamental, e 26,9% dos jovens com idade correspondente ao Ensino Médio, tinham escolaridade abaixo da esperada, indicando atraso escolar.
Para os dos 10% mais ricos, esses valores eram de apenas 2,7% e 4,4%, respectivamente.
E apenas 16,8% dos jovens entre 18 e 24 anos da classe pobre haviam ingressado no ensino superior na média dos últimos quatro trimestres. Entre os mais ricos, esse valor era de 66,4%.
Outros detalhes sobre os dados podem ser acessados no link Boletim Desigualdades nas Metrópoles
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