Equipe de pesquisadores do Projeto Respiral, em Maceió, produziu um respirador pulmonar bem mais barato do que o comercializado atualmente. Para criar o respirador batizado de Respiral 2.0, o investimento foi de R$ 6 mil, enquanto o convencional custa em média R$ 60 mil.
Desde março a equipe trabalhava na produção do respirador, que utiliza acionamento pneumático e válvulas solenoides como princípio de funcionamento para gerar ventilação aos pulmões de forma mecânica. Uma das propostas da equipe é firmar parcerias com fábricas de produtos hospitalares, doando o protótipo, e a produção dos equipamentos possa auxiliar os hospitais públicos no atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus.
“Ver o protótipo pronto é uma sensação de dever cumprido. Foram muitos empecilhos que tivemos e nesse momento de pandemia tudo se tornou um pouco mais complexo, porque estava tudo fechado, as pessoas em casa. Mas é o dever cumprido, fizemos nosso melhor. É como se eu tivesse saído para uma operação de resgate e tivesse tido êxito. No dia que o Respiral salvar a primeira vida, acredito que será uma felicidade similar ao nascimento do meu filho, que foi a maior felicidade que tive até hoje”, disse Rodrigo Costa dos Santos, coordenador do projeto, ex-aluno do curso de Engenharia da Computação da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).
Fazem parte do Projeto Respiral os voluntários Thiago Sandes, engenheiro eletricista, e especialista em respiradores mecânicos; Cleberson Machado, engenheiro mecatrônico e especialista em eletrônica; Bruno Martinelle, estudante do 7º período de engenharia mecatrônica e especialista em modelagem 3D; e Wylken Machado, cientista da computação e mestre em modelagem computacional.