Com o objetivo de empoderar e ensinar técnicas de autodefesa para pessoas transexuais e travestis, a ONG LGBT Casa TRANSformar, localizada rua José Maurício, número 527, no bairro Siqueira, em Fortaleza (CE), oferece desde o mês de outubro aulas de jiu-jitsu gratuitamente todas as manhãs de terça-feira.
O local é administrado pela travesti e cantora de funk Nik Hot, que é a fundadora da ONG LGBT Casa TRANSformar. A casa acolhe lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT+) em situações de vulnerabilidade ou exclusão familiar e social.
A iniciativa das aulas de jiu-jitsu teve início em março quando surgiu a proposta através do professor Milton Leite mas foi adiada por conta da pandemia da Covid-19, sendo possível a implantação das atividades recentemente.
Nik já morava no local com seu marido, desde 2017, e sempre acolheu LGBTs. Há cerca de três meses e meio, a moradia particular foi transformada na Casa TRANSformar. “Transformei a minha casa em um local de acolhimento para outras pessoas”, explica Nik Hot.
Na casa moram sete pessoas (travestis e transexuais), que promovem bazar (vendendo roupas, calçados e brinquedos) no próprio local para conseguir fundos que servem para alimentação dos moradores e manutenção do espaço, eventos que apoiam a permanência do abrigo. A ONG também está disponível para receber doações como alimentos não perecíveis, vestimentas e materiais de limpeza.
Ainda há duas vagas na casa, que está aberta para visitas de domingo a domingo, das 10h às 19 horas. As doações em dinheiro podem ser feitas por depósito em conta corrente através da Agência: 3253, Conta: 34.790-6, nome do titular: Lucas N Soares.
“Somos um espaço criado há pouco mais de um ano para acolher LGBTs. Quando abrem vagas, eles podem dormir, comer e ficar aqui o tempo que for necessário. E ainda temos buscado oferecer profissionalização”, comenta Nik Hot.
Segundo informações da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), o Ceará é quarto estado onde mais travestis e transexuais são assassinados. No Brasil, só esse ano cerca de 129 pessoas trans foram vítimas desse crime.
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