A produção da história da primeir escritora negra e favelada do Brasil, Carolina Maria de Jesus, ganha, no formato de série, ainda mais apoio na internet. José Maria Fortes de Sá, estudante, foi quem pensou na petição online para que mais pessoas conheçam a vida e a obra de Carolina Maria de Jesus. “Tive a ideia depois de ter lido o primeiro livro dela, “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, percebi que seus escritos e sua vida mereciam atenção”.
Carolina Maria de Jesus nasceu em 1914, em Minas Gerais, 26 anos depois da assinatura da Lei Áurea. Negra e favelada, passou boa parte da sua vida sustentando seus filhos como catadora de papel. Em meio aos papéis que recolhia, ela escrevia sobre o cotidiano e esses escritos deram origem ao seu primeiro livro, publicado em 1960.
Poucos brasileiros sequer ouviram o nome desta autora que já teve traduções em 16 línguas e em mais de 40 países. Segundo José Maria, isso pode servir como reflexão da construção social brasileira como um todo. “Tem áreas da sociedade que são dominadas por uma elite intelectual branca e, neste sentido os escritos de Carolina Maria de Jesus ajudam porque revelam a estrutura brasileira no âmbito social, político e histórico”, afirmou.
Com mais de seis mil assinaturas, a petição ganha apoiadores como: Elza Soares, Zezé Motta e Vera Eunice de Jesus Lima, filha de Carolina de Jesus. Você também pode se integrar a esse esforço aqui: petição online