Na manhã de hoje, 8, a Polícia Federal faz operação contra um grupo de São Paulo suspeito de fraudar os saques do auxílio emergencial. Nomeada de “Parasitas”, a operação cumpre cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. Segundo a PF foram, pelo menos, 45 benefícios apropriados irregularmente pelo grupo. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo/SP. Caso sejam confirmadas as acusações, os envolvidos poderão responder por furto qualificado e associação criminosa e pegar até 11 anos de prisão.
De acordo com a PF o grupo já tem uma atuação de pelo menos quatro anos fraudando programas sociais. No esquema atual com os auxílios emergenciais participavam funcionários públicos com acesso ao Cadastro Único. “O grupo alterava os dados de pessoas de baixa renda no sistema, principalmente os nomes das mães e os endereços e com essas informações ligavam para o canal de atendimento da Caixa e solicitavam o encaminhamento dos cartões para os endereços fictícios e em comum cadastrados pelos agentes públicos que participaram da fraude”, disse a Polícia Federal.
De posse dos cartões, faziam o pré-cadastramento das senhas e confirmavam em uma lotérica na zona sul paulista, onde o procedimento corria com sucesso. Nessa etapa de confirmação de senha os fraudadores tinham a ajuda de uma funcionária da lotérica, que recebia cerca de 30 reais por senha confirmada. Segundo a PF o grupo sacava em diversas agências bancárias no mesmo dia e na primeira hora em que eram liberados, para que os verdadeiros beneficiados não bloqueassem o benefício ao descobrir a fraude.