O final de semana em Sobral/CE foi palco de mais duas edições de poesias faladas. Aconteceu dia 25/07 a sétima edição do Slam das Cumadi, cuja realização contou com a presença de dez poetisas que disputaram em duas rodadas de apresentações poéticas.
O público se reuniu nessa noite para ocupar o anfiteatro do Largo das Dores, na Margem Esquerda do rio Acaraú. Para a competição, são aceitas somente mulheres que recitam sobre as mais diversas situações pelas quais passam no cotidiano. Vale enfatizar que para o júri só pode ser composto por elas, mas o público, é misto, conta com a presença de todas as pessoas que apreciam a boa poesia falada.
Além das apresentações valendo a disputa, outras poetisas entraram na arena para recitar no momento o qual chamam de palco aberto, onde as regras estabelecidas para quem está disputando, não valem aqui. Foi um evento onde as rajadas de versos dessas mulheres trouxe inquietações sobre feminismo, empoderamento, negritude e representatividade.
No sábado, dia 27/07, foi a vez da realização de mais uma edição do Slam da Quentura, a 21ª edição, para ser mais preciso.
Aqui, ao contrário do outro Slam, a disputa é livre para todos os poetas que quiserem adentrar a arena poética. Sete slamers ocuparam a arena do anfiteatro da praça Quirino Rodrigues, mais conhecida como praça do FB, no espaço central da cidade. Foram duas rodadas de declamações poéticas que trataram dos mais diversos temas, tais como: negritude, feminismo, realidades LGBTQIA+, violência contra a juventude periférica, dentre outros.
Além da disputa, houve também a momento do palco aberto, ocasião em que outros poetas slamers recitam sem a necessidade de cumprir as normas que regem a disputa.
No terceiro momento, houve a batalha de MC’S, como é rotineira dentro do Slam da Quentura. Nesse instante, o público sai das arquibancadas para ocupar o centro da arena para vibrar, se emocionar e incentivar as batalhas que primam acima de tudo pelo conhecimento.
Os dois eventos são realizados mensalmente em Sobral/CE. É quando a juventude periférica “vai ao centro”, para ocupar os espaços públicos e abrilhantar a noite com poesias e rimas.