Polícia prende matadores do Escritório do Crime no Rio

Mad, chefe do "Escritório do Crime", sendo preso na "Operação Tânatos". Foto: Hermes de Paula

Nesta terça-feira, 30, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram a Operação Tânatos, contra os chefes do Escritório do Crime, grupo de policiais, ex-policiais e milicianos acusado de cometer execuções por encomenda há mais de 10 anos. O grupo já foi, inclusive, investigado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, em 14 de março de 2018. Ao todo, foram emitidos quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão. Dentre os mandados de prisão, já foram cumpridos os de Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão, e Leonardo Gouveia da Silva, o Mad.

O Escritório do Crime deixou de ser o principal suspeito do assassinato da vereadora, pois no mesmo dia, Mad, apontado como chefe do grupo, foi reconhecido nas imagens das câmeras de segurança onde ocorreu o homicídio do empresário Marcelo Diotti, em um restaurante na Barra da Tijuca. Segundo o delegado e diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), Antonio Ricardo Nunes, a morte do empresário pode indicar uma maneira do grupo despistar a polícia das investigações do caso Marielle.

“Já tentaram confundir as investigações do Caso Marielle uma vez, com o depoimento do suposto delator Rodrigo Ferreira. Não duvido que sejam capazes disso. Analisaremos o material apreendido, inclusive armas, para saber se elas foram usadas em outros crimes. Não adianta se esconder, que a Polícia Civil e o Ministério Público vão continuar nas investigações” disse o delegado. Antonio Ricardo espera que o caso Marielle esteja solucionado até o final do ano.